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27/01/2004
-
04h20
LUCIANA CONSTANTINO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A procura por outros tipos de processo seletivo, que não seja o vestibular, vem aumentando desde 1998 em um ritmo muito maior que a própria disputa por uma vaga no ensino superior.
Cerca de 70 a cada 1.000 estudantes que se candidataram a uma vaga em 2002 optaram por outros tipos de processo seletivo. Entre eles estão, por exemplo, programas de avaliação seriada e o uso de notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
A proporção era de 13 a cada 1.000 alunos em 1998, quando o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) começou a detectar a procura por esses processos. Isso representa um crescimento de 438%.
Por outro lado, o número total de candidatos a uma vaga no ensino superior aumentou 72,15% no mesmo período, passando de 2,895 milhões para 4,984 milhões.
A dificuldade de ser aprovado no vestibular e o aumento recorde da rede privada, com a conseqüente sobra de vagas, estão entre os motivos apontados por especialistas para o maior interesse pelos processos seletivos.
Outra causa é a expansão do número de instituições que vêm adotando sistemas alternativos.
Com base no Censo da Educação Superior, o Inep mostra que 180 instituições ofereciam outros tipos de acesso à graduação em 1998 -18,5% do total de universidades, faculdades e centros universitários. Passou para 387 em 2002, ou 23,6% do total de instituições registradas naquele ano.
Oportunidade
Para o professor Carlos Alberto Serpa de Oliveira, o processo seletivo deve manter a igualdade de oportunidade de acesso, garantir a verificação do conhecimento e permitir uma classificação entre os candidatos.
Ex-integrante do CNE (Conselho Nacional de Educação), Oliveira foi relator da regulamentação do processo seletivo e um dos defensores da adoção da medida.
A legislação anterior previa a obrigatoriedade do vestibular para o ingresso na graduação. Depois, a palavra "vestibular" foi substituída por "processo seletivo". "Mas acho que o vestibular ainda vai continuar existindo enquanto tivermos problema de financiamento do ensino superior", disse Oliveira.
A principal porta de entrada no ensino superior ainda continua sendo o vestibular.
Em 2002, ingressaram em cursos de graduação 109.454 alunos por meio de outros tipos de processo seletivo.
Por meio de vestibular, o ingresso nos cursos de graduação foi de 1,095 milhão de estudantes.
Cresce busca por alternativa ao vestibular
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A procura por outros tipos de processo seletivo, que não seja o vestibular, vem aumentando desde 1998 em um ritmo muito maior que a própria disputa por uma vaga no ensino superior.
Cerca de 70 a cada 1.000 estudantes que se candidataram a uma vaga em 2002 optaram por outros tipos de processo seletivo. Entre eles estão, por exemplo, programas de avaliação seriada e o uso de notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
A proporção era de 13 a cada 1.000 alunos em 1998, quando o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) começou a detectar a procura por esses processos. Isso representa um crescimento de 438%.
Por outro lado, o número total de candidatos a uma vaga no ensino superior aumentou 72,15% no mesmo período, passando de 2,895 milhões para 4,984 milhões.
A dificuldade de ser aprovado no vestibular e o aumento recorde da rede privada, com a conseqüente sobra de vagas, estão entre os motivos apontados por especialistas para o maior interesse pelos processos seletivos.
Outra causa é a expansão do número de instituições que vêm adotando sistemas alternativos.
Com base no Censo da Educação Superior, o Inep mostra que 180 instituições ofereciam outros tipos de acesso à graduação em 1998 -18,5% do total de universidades, faculdades e centros universitários. Passou para 387 em 2002, ou 23,6% do total de instituições registradas naquele ano.
Oportunidade
Para o professor Carlos Alberto Serpa de Oliveira, o processo seletivo deve manter a igualdade de oportunidade de acesso, garantir a verificação do conhecimento e permitir uma classificação entre os candidatos.
Ex-integrante do CNE (Conselho Nacional de Educação), Oliveira foi relator da regulamentação do processo seletivo e um dos defensores da adoção da medida.
A legislação anterior previa a obrigatoriedade do vestibular para o ingresso na graduação. Depois, a palavra "vestibular" foi substituída por "processo seletivo". "Mas acho que o vestibular ainda vai continuar existindo enquanto tivermos problema de financiamento do ensino superior", disse Oliveira.
A principal porta de entrada no ensino superior ainda continua sendo o vestibular.
Em 2002, ingressaram em cursos de graduação 109.454 alunos por meio de outros tipos de processo seletivo.
Por meio de vestibular, o ingresso nos cursos de graduação foi de 1,095 milhão de estudantes.
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