Publicidade
Publicidade
03/02/2004
-
05h58
ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio
O Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia no Rio, pode perder sua sede devido a uma dívida trabalhista. Como informou ontem o colunista Elio Gaspari, da Folha, o leilão do prédio onde funciona o instituto foi marcado para o dia 12.
O ministro Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), por meio de sua assessoria, diz que, apesar da data marcada, não haverá leilão porque o governo já tem recursos para fazer um depósito judicial como garantia do pagamento das dívidas.
A possibilidade de o Impa ter de sair do local onde está desde 1981 causou indignação entre pesquisadores.
"A ciência brasileira não está sendo tratada da maneira correta pelo governo. A possibilidade de o Impa ser despejado devido a uma pendenga jurídica é uma humilhação. Parece que a ciência ficou em segundo plano. Os pesquisadores precisam de tranqüilidade e segurança para trabalhar. Agora, estamos sem nenhuma dessas condições", disse a presidente da SBM (Sociedade Brasileira de Matemática), Suely Druck. Para ela, a mudança do Impa para outro prédio não é um procedimento simples. "No prédio do Impa, há auditórios, laboratórios sofisticados e salas de aula preparadas para o ensino e a pesquisa da matemática. Será preciso, no mínimo, de cinco a dez anos para construir um prédio com a mesma estrutura", disse a presidente da SBM, que funciona no prédio.
A disputa que pode levar ao despejo do Impa se arrasta desde 1986, quando oito servidores do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) iniciaram um processo no Tribunal Regional do Trabalho. Dois anos depois, tiveram decisão favorável. O processo passou a ameaçar o Impa porque o CBPF e o instituto eram vinculados ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O CNPq é dono do prédio onde funciona o Impa.
Por causa da falta de pagamento aos servidores, a Justiça do Trabalho penhorou o imóvel. É por essa razão que um processo movido por servidores do CBPF pode afetar o instituto.
No Rio, dívida pode desalojar instituto de matemática
Publicidade
da Folha de S.Paulo, no Rio
O Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia no Rio, pode perder sua sede devido a uma dívida trabalhista. Como informou ontem o colunista Elio Gaspari, da Folha, o leilão do prédio onde funciona o instituto foi marcado para o dia 12.
O ministro Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), por meio de sua assessoria, diz que, apesar da data marcada, não haverá leilão porque o governo já tem recursos para fazer um depósito judicial como garantia do pagamento das dívidas.
A possibilidade de o Impa ter de sair do local onde está desde 1981 causou indignação entre pesquisadores.
"A ciência brasileira não está sendo tratada da maneira correta pelo governo. A possibilidade de o Impa ser despejado devido a uma pendenga jurídica é uma humilhação. Parece que a ciência ficou em segundo plano. Os pesquisadores precisam de tranqüilidade e segurança para trabalhar. Agora, estamos sem nenhuma dessas condições", disse a presidente da SBM (Sociedade Brasileira de Matemática), Suely Druck. Para ela, a mudança do Impa para outro prédio não é um procedimento simples. "No prédio do Impa, há auditórios, laboratórios sofisticados e salas de aula preparadas para o ensino e a pesquisa da matemática. Será preciso, no mínimo, de cinco a dez anos para construir um prédio com a mesma estrutura", disse a presidente da SBM, que funciona no prédio.
A disputa que pode levar ao despejo do Impa se arrasta desde 1986, quando oito servidores do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) iniciaram um processo no Tribunal Regional do Trabalho. Dois anos depois, tiveram decisão favorável. O processo passou a ameaçar o Impa porque o CBPF e o instituto eram vinculados ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O CNPq é dono do prédio onde funciona o Impa.
Por causa da falta de pagamento aos servidores, a Justiça do Trabalho penhorou o imóvel. É por essa razão que um processo movido por servidores do CBPF pode afetar o instituto.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Avaliação reprova 226 faculdades do país pelo 4º ano consecutivo
- Dilma aprova lei que troca dívidas de universidades por bolsas
- Notas das melhores escolas paulistas despencam em exame; veja
- Universidades de SP divulgam calendário dos vestibulares 2013
- Mercadante diz que não há margem para reajuste maior aos docentes
+ Comentadas
- Câmara sinaliza absolvição de deputados envolvidos com Cachoeira
- Alunos com bônus por raça repetem mais na Unicamp
+ EnviadasÍndice