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28/05/2004 - 06h51

Paralisação da USP reduz ainda mais os atendimentos

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dos Cadernos Regionais da Folha de S.Paulo
da Folha de S.Paulo

A greve dos funcionários e professores da Universidade de São Paulo, iniciada ontem, ajudou a reduzir ainda mais a oferta de atendimento a pacientes em unidades de saúde pública, já comprometida pela greve dos servidores estaduais da saúde.

Na capital e em Ribeirão Preto, unidades ligadas à universidade paralisaram parte de suas atividades. Em São Paulo, o Centro de Saúde Escola Butantã suspendeu suas atividades não-essenciais.

Cerca de 75% dos pacientes que procuraram o centro ontem não foram atendidos. Por dia, esse posto atende de 300 a 400 pessoas. Foram mantidos os atendimentos a casos de urgência e a pacientes que não podem ficar sem acompanhamento contínuo.

O diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Magno de Carvalho, disse que o hospital universitário tem possibilidade de parar. A assembléia que decidirá pela greve dos servidores do hospital será realizada na próxima semana, mas ainda não tem dia marcado, disse Carvalho.

Interior

Em Ribeirão Preto, a greve provocou o cancelamento de consultas na UBDS (Unidade Distrital Básica de Saúde) do Sumarezinho e a suspensão de vários serviços no campus, como o de tratamento dentário.

Há 18 dias, os pacientes sentem dificuldade para fazer consultas e cirurgias devido à greve dos servidores da saúde no Estado, que atinge as duas unidades do HC (Hospital das Clínicas) e o NGA (Núcleo de Gestão Assistencial).

Na UBDS do Sumarezinho, aproximadamente 75% das consultas de pronto-atendimento e 70% da consultas agendadas foram canceladas ontem. De acordo com dados fornecidos pela Secretaria Municipal da Saúde, normalmente, cerca de mil consultas por dia são realizadas na unidade.

"Não há como manter o atendimento normal. Se os funcionários que cuidam do fichário param, por exemplo, os médicos não conseguem atender sem ter em mãos um histórico", afirmou a diretora técnica da unidade, Maria do Carmo Caccia-Bava.

Oitenta dos 300 funcionários do posto são contratados pela USP, assim como metade dos 40 médicos. De acordo com o Sintusp, todos os profissionais ligados à universidade aderiram à greve.

Com a paralisação parcial no Sumarezinho, os pronto-atendimentos estão sendo encaminhados para a UBDS Central, que registrou ontem um aumento de 20% no número de pacientes. A unidade do Sumarezinho atende pacientes de oito unidades de saúde localizadas na zona oeste e norte da cidade. Os pacientes estão passando por uma triagem médica na portaria da unidade.

Em Campinas, o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp ameaça paralisar a área da saúde a partir da próxima segunda-feira, caso não haja acordo na reunião do Cruesp hoje.

"O pessoal da área da saúde sinalizou positivamente em aderir ao movimento a partir da semana que vem, caso a gente não encontre uma solução", afirmou João Raimundo Mendonça de Souza, coordenador do sindicato.
 

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