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19/06/2004 - 07h09

Estudantes invadem reitoria da Unesp

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da Folha de S.Paulo
dos Cadernos Regionais da Folha de S.Paulo

Cerca de 40 estudantes invadiram na tarde de ontem a reitoria da Unesp (Universidade Estadual Paulista), na alameda Santos, na região central de São Paulo.

Além da reposição do quadro de professores, os alunos pedem uma reunião com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e reivindicam o aumento do repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para as três universidades estaduais e para o Centro Paula Souza.

O tumulto começou por volta das 14h, quando cerca de cem estudantes tentaram entrar no prédio da reitoria, que era guardado por dez policiais. Cerca de 40 alunos furaram o bloqueio. Houve confusão, mas ninguém ficou ferido. Os alunos que conseguiram entrar subiram então até o 17º andar, onde fica a sala do Conselho Universitário da instituição. Cerca de cem estudantes se juntaram aos que estavam do lado de fora.

Por volta das 18h, houve uma tentativa de fazer a troca dos dos cinco policiais que estavam no local por outros 12, o que gerou revolta nos estudantes, que tentaram impedir a substituição.

Dois estudantes que estavam dentro do prédio passaram mal e pediram para sair, mas queriam ser substituídos por outros dois alunos que estavam do lado de fora. A polícia tentou impedir e usou gás pimenta. Ao menos um aluno teve ferimentos leves na cabeça. Até as 23h, os estudantes continuavam no prédio. Eles esperavam a confirmação de uma audiência pública com o Cruesp.

Reajuste zero

O Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) manteve proposta de reajuste zero na reunião de ontem, em Campinas (SP), com o Fórum das Seis --representante dos sindicatos das três universidades paulistas (Unesp, USP e Unicamp) e do Centro Paula Souza.

Funcionários e professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e da USP (Universidade de São Paulo) estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 26 de maio e querem 16% de aumento.

Ontem pela manhã, funcionários da Unicamp realizaram uma manifestação em frente à reitoria. A concentração começou por volta das 11h30 e reuniu cerca de cem manifestantes grevistas.

O STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) afirma que foi apresentada ontem ao Cruesp uma nova proposta de política salarial. A proposta prevê que, caso a arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ultrapasse os R$ 31,2 bilhões esperados pelos reitores, 90% do valor excedente seja revertido em reajuste para a categoria e os 10% restantes sejam convertidos em custeio.

Na última reunião entre o Cruesp e o Fórum das Seis, no dia 7 de junho, o Cruesp manteve o reajuste zero, mas propôs uma política salarial baseada na hipótese de aumento da arrecadação de ICMS a partir de setembro.

Na próxima segunda, às 10h, haverá uma assembléia das três universidades para que a categoria decida se continua ou não a greve.

Diretores do campus da USP de Ribeirão Preto (SP) começaram anteontem a passar listas pelas faculdades, pedindo os nomes dos funcionários em greve. Segundo André Ramos da Silva, 36, diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), o comando de greve acredita que a medida visa subsidiar um possível desconto dos dias parados dos trabalhadores que aderiram à paralisação.

Especial
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