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24/06/2004
-
10h35
MAYRA STACHUK
da Folha de S. Paulo
As férias estão chegando e, enquanto todos pensam em descansar, o vestibulando sabe que deve continuar concentrado nos estudos. Uma boa maneira de relaxar sem se desligar completamente do vestibular é assistir aos chamados filmes educativos.
Muitas obras podem ajudar a entender alguns tópicos das matérias estudadas. No caso de filmes históricos, por exemplo, apesar da visão romanceada do cinema, a contextualização é muito útil para o vestibulando entender um pouco mais sobre uma época importante. Figurinos, acontecimentos, hábitos e vocabulário devem ser notados.
"Assistir a obras que discutam tópicos atuais também é uma estratégia interessante. Globalização, terrorismo e biossegurança são alguns dos temas que podem aparecer nas redações dos vestibulares, e os filmes ajudam o estudante a formar uma opinião sobre temas polêmicos", afirma Agostinho Marques, diretor do cursinho Stockler.
"Essa geração é muito visual. Os filmes facilitam o entendimento, pois o aluno visualiza o que estudou. Cenas de campos de concentração nazistas, por exemplo, são chocantes e ficam na cabeça dos alunos. Elas fazem com que o vestibulando se interesse por entender a história de tudo aquilo", afirma Roberto Candelori, professor do colégio Móbile e colaborador do Fovest. Ele diz que indica e exibe para os alunos filmes políticos, como "Gritos do Silêncio", que aborda a guerra no Camboja, e "Culpado por Suspeita", sobre a perseguição a pessoas suspeitas de serem comunistas nas décadas de 40 e de 50 nos Estados Unidos, além de obras atuais, como "Diários de Motocicleta".
Até mesmo conceitos de química podem ser revistos por meio dos filmes. O professor Sérgio de Castro Júnior cita uma cena de "O Clube da Luta" em que há uma lição sobre a neutralização dos ácidos. "Um rapaz tem soda cáustica jogada no seu braço e, para limpar, tem água e vinagre. Ele escolhe água, que é o que a maioria das pessoas faria, mas, na verdade, a água reage com a soda. O certo seria jogar vinagre para neutralizar", explica Castro Júnior.
"Do ponto de vista pedagógico, a questão das imagens é uma tática muito válida, mas a visão crítica deve estar sempre presente. Os filmes são um auxílio, mas não podem, de maneira nenhuma, ser a única fonte de informação", ressalta Candelori.
"O aluno nunca deve esquecer que os cineastas têm suas próprias visões. Por isso os vestibulandos devem exercitar o seu espírito crítico e tirar as suas próprias conclusões sem se deixar seduzir pela argumentação do diretor", completa Marques.
A estudante Renata Santos Pedrosa, 19, que vai prestar vestibular para medicina, diz que costuma assistir a todos os filmes recomendados pelos professores.
"Acho que fica mais fácil para memorizar. As imagens são mais marcantes", afirma. "Além disso, aprecio muito trocar opiniões com os meus amigos. Gosto de exercitar a crítica, mesmo quando o filme não é exatamente educativo. Acredito que a gente sempre aprende alguma coisa com o cinema, até mesmo com filmes dos quais não gostamos."
De acordo com ela, muitos jovens não têm o hábito de ler jornais e revistas, então os filmes com assuntos atuais acabam ilustrando o que foi dito em aula.
Filmes reforçam tópicos das matérias
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da Folha de S. Paulo
As férias estão chegando e, enquanto todos pensam em descansar, o vestibulando sabe que deve continuar concentrado nos estudos. Uma boa maneira de relaxar sem se desligar completamente do vestibular é assistir aos chamados filmes educativos.
Muitas obras podem ajudar a entender alguns tópicos das matérias estudadas. No caso de filmes históricos, por exemplo, apesar da visão romanceada do cinema, a contextualização é muito útil para o vestibulando entender um pouco mais sobre uma época importante. Figurinos, acontecimentos, hábitos e vocabulário devem ser notados.
"Assistir a obras que discutam tópicos atuais também é uma estratégia interessante. Globalização, terrorismo e biossegurança são alguns dos temas que podem aparecer nas redações dos vestibulares, e os filmes ajudam o estudante a formar uma opinião sobre temas polêmicos", afirma Agostinho Marques, diretor do cursinho Stockler.
"Essa geração é muito visual. Os filmes facilitam o entendimento, pois o aluno visualiza o que estudou. Cenas de campos de concentração nazistas, por exemplo, são chocantes e ficam na cabeça dos alunos. Elas fazem com que o vestibulando se interesse por entender a história de tudo aquilo", afirma Roberto Candelori, professor do colégio Móbile e colaborador do Fovest. Ele diz que indica e exibe para os alunos filmes políticos, como "Gritos do Silêncio", que aborda a guerra no Camboja, e "Culpado por Suspeita", sobre a perseguição a pessoas suspeitas de serem comunistas nas décadas de 40 e de 50 nos Estados Unidos, além de obras atuais, como "Diários de Motocicleta".
Até mesmo conceitos de química podem ser revistos por meio dos filmes. O professor Sérgio de Castro Júnior cita uma cena de "O Clube da Luta" em que há uma lição sobre a neutralização dos ácidos. "Um rapaz tem soda cáustica jogada no seu braço e, para limpar, tem água e vinagre. Ele escolhe água, que é o que a maioria das pessoas faria, mas, na verdade, a água reage com a soda. O certo seria jogar vinagre para neutralizar", explica Castro Júnior.
"Do ponto de vista pedagógico, a questão das imagens é uma tática muito válida, mas a visão crítica deve estar sempre presente. Os filmes são um auxílio, mas não podem, de maneira nenhuma, ser a única fonte de informação", ressalta Candelori.
"O aluno nunca deve esquecer que os cineastas têm suas próprias visões. Por isso os vestibulandos devem exercitar o seu espírito crítico e tirar as suas próprias conclusões sem se deixar seduzir pela argumentação do diretor", completa Marques.
A estudante Renata Santos Pedrosa, 19, que vai prestar vestibular para medicina, diz que costuma assistir a todos os filmes recomendados pelos professores.
"Acho que fica mais fácil para memorizar. As imagens são mais marcantes", afirma. "Além disso, aprecio muito trocar opiniões com os meus amigos. Gosto de exercitar a crítica, mesmo quando o filme não é exatamente educativo. Acredito que a gente sempre aprende alguma coisa com o cinema, até mesmo com filmes dos quais não gostamos."
De acordo com ela, muitos jovens não têm o hábito de ler jornais e revistas, então os filmes com assuntos atuais acabam ilustrando o que foi dito em aula.
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