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16/07/2004 - 08h32

Reitoria da USP corta ponto de grevistas

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FERNANDA MENA
da Folha de S. Paulo

A greve na Universidade de São Paulo completou 50 dias ontem com o recrudescimento da repressão ao movimento.

Primeiro, a reitoria da USP anunciou ontem a determinação do corte do ponto dos funcionários em greve que atuam nos prédios da administração central do campus, na Cidade Universitária --todos cercados por piquetes de grevistas.

Mais tarde, a reitoria afirmou que a Justiça havia deferido seu pedido de reintegração de posse das unidades de administração central da Cidade Universitária e determinado que ela poderá ser feita com força policial.

A determinação ocorreu depois que os funcionários em greve da universidade ignoraram a liminar concedida pela Justiça no início do mês que decretava o fim dos piquetes na USP sob pena de uma multa diária de R$ 10 mil por ponto de atividade bloqueado pelos grevistas. Após o não-cumprimento da medida pelos funcionários, a universidade decidiu dar continuidade ao processo, pedindo que a liminar fosse cumprida.

A reitoria pretende agora estabelecer um prazo de reintegração pacífica dos prédios cercados --provavelmente até a próxima segunda-feira. Os grevistas estão bloqueando a entrada de funcionários nos prédios da reitoria, da prefeitura do campus e das coordenadorias da universidade.

"Decidimos que a ordem é resistir", afirma o presidente do sindicato dos funcionários da universidade, Magno de Carvalho.

Por fim, o Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades do Estado de São Paulo) suspendeu a rodada de negociações com o Fórum das Seis (entidade que representa servidores e funcionários da USP, da Unesp e da Unicamp), prevista para hoje.

"Iniciaram uma coerção ao movimento num péssimo momento, já que a arrecadação do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] está crescendo e o argumento para a falta de recursos se dissipou no ar", afirmou Américo Kerr, presidente da Adusp, a associação de docentes da USP.

Os grevistas pedem 9,41% de reajuste salarial. O Cruesp diz que as universidades estaduais paulistas têm orçamentos comprometidos com a folha de pagamentos, o que inviabiliza reajustes.

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