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29/09/2004 - 10h09

Prefeitura de SP troca escola de latinha por aglomerado

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MARY PERSIA
do Agora

Sete pequenas salas com paredes feitas de aglomerado de madeira, telhado de amianto, fiação aparente e vigas de teto com emendas. Para 868 alunos, apenas quatro vasos sanitários e uma pia. Essa é a escola provisória para onde serão transferidos os alunos da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Maria Berenice dos Santos, no bairro Jardim das Flores, zona sul. A escola é de latinha e será substituída por um prédio de alvenaria.

Com pressa de acabar com as escolas de latinha, a prefeitura está deslocando os alunos dessas unidades para contêineres e outros prédios provisoriamente. No caso dessa Emef, a unidade feita com aglomerado foi erguida em um terreno alugado, a um quarteirão da escola de latinha.

As paredes são repletas de farpas; a fiação é aparente e ao alcance das crianças; o espaço é pequeno; o portão, pouco mais largo do que uma porta comum, não favorece a saída rápida dos estudantes em uma situação de emergência.

"Isso aqui pode pegar fogo rapidinho", queixa-se a dona-de-casa Regina Célia da Silva, 30. Seu filho Paulo Henrique, 10, cursa a 4ª série da escola municipal. "Não tem cabimento. Minha filha não entra aí", reclama Reginaldo do Vale Silva, 40, pai da menina Thaís, 9, que está na 3ª série.

Maria Cristina da Silva, 31, também teme pela segurança da filha Annie, 10, que cursa a 4ª série naquela escola. "Disseram que, se barraco não cai, a escola também não iria cair", afirma.

Revoltados, os pais criticaram também o período da transferência. "Faltam apenas dois meses de aulas. Por que fazer isso agora?", questiona a dona-de-casa Maria Aparecida Carvalho, 38.

Somente na segunda-feira (27) os pais foram oficialmente informados da mudança, que deve acontecer na próxima segunda-feira. Os pais dos alunos estão organizando um protesto para essa data.

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