14/10/2004 - 09h22

Saber lidar com números abre possibilidades no mercado

da Folha de S. Paulo

É a lei da oferta e da procura. Quanto menos algo é oferecido, mais é valorizado. Como parte dos estudantes rejeita as matérias de exatas, quem desenvolve as habilidades relacionadas a elas tem um diferencial no mercado.

Em algumas áreas em especial, é comum profissionais serem contratados por causa do raciocínio lógico desenvolvido, independentemente da graduação que fizeram. O caso dos engenheiros na área financeira é o mais comum.

"Não é simplesmente o lidar com números. Os engenheiros, pela própria formação, desenvolvem uma capacidade de pensamento lógico muito boa. Eles aliam um pensamento mais estruturado com a facilidade numérica. No mercado financeiro, isso é importante para estruturar as questões para saber se uma estratégia é mais rentável ou não", disse a gerente de assessoria em gestão de recursos humanos da KPMG, Cristiane Gonçalves.

Essas características são valorizadas também em outras áreas, segundo a consultora de recursos humanos da Manager Pérola Lucente. "A área de informática também recebe profissionais de matemática. Em outras, pode ser um diferencial. Essas capacidades são mais necessárias em algumas áreas do que em outras, mas até para um publicitário pode ser importante, pois permite que ele olhe melhor seu negócio."

Seja lá qual for o curso escolhido, diz Cristiane, o profissional lidará com números caso assuma posições gerenciais. "Se a pessoa quiser carreira de negócios, não terá como fugir. Os "budgets" [orçamentos] são números."

Leia mais

Média de acerto em exatas na Fuvest é de 31,7%

Especial

Leia o que já foi publicado sobre o vestibular da Fuvest