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17/11/2004
-
15h30
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S. Paulo
Em uma redação de vestibular sobre o tempo, um aluno escreveu tic-tac e tirou dez. Um estudante teve nota máxima ao fazer uma redação que dizia que o lápis escreve, e a borracha apaga. Histórias como essas, contadas em qualquer sala de aula em que haja vestibulandos, confundem os alunos, na opinião dos professores.
"Nunca ninguém conseguiu dez assim", afirma Sandra Lúcia Alves de Camargo, professora de redação do Colégio Bandeirantes, no interior de São Paulo.
Para ela, estão enganados os vestibulandos que acham que redações como essas são criativas. "Ser criativo é mostrar autoria, ou seja, com base na coletânea [textos de apoio], criar um texto diferente dos demais", sugere Sandra. "Desde que dentro do tema."
A professora diz ainda que o vestibulando tem de ler atentamente os textos de apoio (quando houver) e escrever em linguagem formal, principalmente em dissertações. Outra dica é incluir experiências pessoais, desde que se encaixem ao tema.
Já a professora Adriana Túllio, do Poliedro, sugere que o aluno busque um argumento novo. "Geralmente os alunos ficam muito presos aos textos de apoio, e as redações ficam todas iguais", afirma. "Mesmo dentro do tema e com uma linguagem adequada, uma redação dessa tira no máximo [nota] sete", afirma.
Adriana diz que o estudante deve ter "ousadia, mesmo em dissertações" --mas só quando o vestibulando domina o assunto proposto. "Por isso o aluno tem de ler bastante, principalmente jornais e revistas."
Segundo a professora do Poliedro, mesmo que os textos de apoio tendam para um posicionamento sobre o tema proposto, o aluno pode ir para outro lado, desde que tenha bons argumentos. "Não existe correção ideológica. O que o aluno precisa é de argumentação coerente."
Outro fator que o aluno deve tomar cuidado é com o código lingüístico, diz Francisco Platão Savioli, coordenador de gramática, texto e redação do Anglo. "O jovem não deve usar uma linguagem que não é a dele. Se o fizer, não vai conseguir ter coerência."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o vestibular 2005
Para professor, criatividade tem de seguir o tema
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da Folha de S. Paulo
Em uma redação de vestibular sobre o tempo, um aluno escreveu tic-tac e tirou dez. Um estudante teve nota máxima ao fazer uma redação que dizia que o lápis escreve, e a borracha apaga. Histórias como essas, contadas em qualquer sala de aula em que haja vestibulandos, confundem os alunos, na opinião dos professores.
"Nunca ninguém conseguiu dez assim", afirma Sandra Lúcia Alves de Camargo, professora de redação do Colégio Bandeirantes, no interior de São Paulo.
Para ela, estão enganados os vestibulandos que acham que redações como essas são criativas. "Ser criativo é mostrar autoria, ou seja, com base na coletânea [textos de apoio], criar um texto diferente dos demais", sugere Sandra. "Desde que dentro do tema."
A professora diz ainda que o vestibulando tem de ler atentamente os textos de apoio (quando houver) e escrever em linguagem formal, principalmente em dissertações. Outra dica é incluir experiências pessoais, desde que se encaixem ao tema.
Já a professora Adriana Túllio, do Poliedro, sugere que o aluno busque um argumento novo. "Geralmente os alunos ficam muito presos aos textos de apoio, e as redações ficam todas iguais", afirma. "Mesmo dentro do tema e com uma linguagem adequada, uma redação dessa tira no máximo [nota] sete", afirma.
Adriana diz que o estudante deve ter "ousadia, mesmo em dissertações" --mas só quando o vestibulando domina o assunto proposto. "Por isso o aluno tem de ler bastante, principalmente jornais e revistas."
Segundo a professora do Poliedro, mesmo que os textos de apoio tendam para um posicionamento sobre o tema proposto, o aluno pode ir para outro lado, desde que tenha bons argumentos. "Não existe correção ideológica. O que o aluno precisa é de argumentação coerente."
Outro fator que o aluno deve tomar cuidado é com o código lingüístico, diz Francisco Platão Savioli, coordenador de gramática, texto e redação do Anglo. "O jovem não deve usar uma linguagem que não é a dele. Se o fizer, não vai conseguir ter coerência."
Especial
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