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18/11/2004 - 09h37

Inscrições de negros, pardos ou índios crescem na Unicamp

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FERNANDA BASSETTE
da Folha de S. Paulo

O número de candidatos que se autodeclararam negros, pardos ou índios na inscrição para o vestibular da Unicamp deste ano é 44,3% maior que no ano passado. O número saltou de 7.076 concorrentes para 10.213, aumento considerado significativo pela coordenação do vestibular. A primeira fase do processo seletivo --que inclui 12 questões dissertativa e uma redação-- será realizada neste domingo, a partir das 14h.

A principal justificativa é o início do Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social, que entrou em vigor a partir deste ano. O programa --que não funciona como o sistema de cotas aprovado em algumas universidades públicas-- foi autorizado pelo Consu (Conselho Universitário) da Unicamp em maio.

Pelo método, os estudantes que realizaram todo o ensino médio em escolas da rede pública terão 30 pontos extras na pontuação final da prova (somente na segunda fase do vestibular). Os alunos que concluíram o ensino médio em escola pública e que, além disso, se autodeclararam pretos, pardos ou índios serão beneficiados com 40 pontos extras.

De acordo com a Unicamp, embora o número de vestibulandos afrodescendentes tenha aumentado consideravelmente, nem todos os candidatos participarão do programa --ou porque estudaram em colégios particulares ou porque simplesmente não quiseram concorrer por meio da utilização do benefício.



Do total de inscritos para o próximo vestibular (53.756 candidatos), 30,8% (16.577) optaram pelo programa social. Dentro desse número, 5.500 candidatos são estudantes de escola pública que se autodeclararam negros, pardos ou índios.

"Esse número não está fora do que esperávamos. É um estímulo que estamos oferecendo ao aluno", disse o professor Leandro Tessler, coordenador-executivo do vestibular da Unicamp.

O principal objetivo do programa é incentivar os estudantes com esse perfil a se inscreverem no vestibular. A decisão de estimular alunos de escolas públicas teve como base um estudo feito na universidade que apontou que esses candidatos, quando matriculados, mostraram melhor desempenho acadêmico.

Apesar de o critério ser a autodeclaração, a Unicamp diz não acreditar que houve fraudes nas inscrições. "A rigor, não acredito nisso. Mas, se houve alguém que se autodeclarou negro e não é, não sou eu quem vai discordar disso", disse Tessler.

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