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30/03/2005
-
10h54
FÁBIO MAZZITELLI
do Agora
Cerca de 800 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Maria Berenice dos Santos, no Jardim das Flores, no M'Boi Mirim (zona sul de SP), assistem a apenas duas horas de aula por dia, metade do tempo exigido na rede municipal de ensino.
Segundo a Associação de Pais e Mestres (APM) da escola, o tempo reduzido de permanência em sala de aula se deve às condições precárias das instalações da Emef, que funciona de forma provisória em terreno anexo à Paróquia Maria Mãe da Igreja, a uma quadra da área original da Emef.
Apenas as crianças que apresentam dificuldades no aprendizado e necessidade de reforço escolar ficam mais tempo na escola: em dois dias da semana, elas assistem a duas horas de aula normal e a outras duas de reforço.
Conforme relato de um funcionário do colégio, que não quis se identificar, as crianças são dispensadas mais cedo para que "não sofram mais".
Os pais de alunos dizem que o corte no tempo de aula foi uma decisão das autoridades de ensino do município, tomada em outubro com base na estrutura inadequada.
A escola, com sete salas de aula e dois banheiros, é feita com madeira compensada e tem telhas que não retêm o calor. As mães dos estudantes de 1ª a 4ª séries reclamam, essencialmente, das altas temperaturas dentro das salas de aula, do mau cheiro e do excesso de poeira do local, que não tem piso e está com manchas de mofo na parede.
"As crianças não conseguem assistir às aulas por causa da temperatura, e fora da classe não tem lugar para brincar. Por isso, eles acabam dispensados", diz Shirley Schmidt, 41 anos, conselheira da APM.
"Está horrível. A gente deixa o filho na escola, mal dá tempo de chegar em casa e já tem que voltar novamente", reclama Gislene Nascimento, 28, mãe de dois alunos.
Os estudantes estão nessa situação desde outubro de 2004, quando a prefeitura demoliu a estrutura inicial da Emef, ex-escola de lata, com a promessa de prédios de alvenaria em até 150 dias.
As obras de reconstrução da Emef foram paralisadas há um mês e não há previsão para retomá-las, o que provocou indignação nos pais de alunos, que até então conviviam silenciosamente com o tempo escasso de aula e as condições insalubres de ensino.
"Pensamos que a escola fosse ficar pronta em janeiro. Quando entrou o Serra, prometeram para abril. Mas agora pararam as obras e não deram mais previsão", desabafa Marlene da Silva, 34, da APM.
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Segundo a Associação de Pais e Mestres (APM) da escola, o tempo reduzido de permanência em sala de aula se deve às condições precárias das instalações da Emef, que funciona de forma provisória em terreno anexo à Paróquia Maria Mãe da Igreja, a uma quadra da área original da Emef.
Apenas as crianças que apresentam dificuldades no aprendizado e necessidade de reforço escolar ficam mais tempo na escola: em dois dias da semana, elas assistem a duas horas de aula normal e a outras duas de reforço.
Conforme relato de um funcionário do colégio, que não quis se identificar, as crianças são dispensadas mais cedo para que "não sofram mais".
Os pais de alunos dizem que o corte no tempo de aula foi uma decisão das autoridades de ensino do município, tomada em outubro com base na estrutura inadequada.
A escola, com sete salas de aula e dois banheiros, é feita com madeira compensada e tem telhas que não retêm o calor. As mães dos estudantes de 1ª a 4ª séries reclamam, essencialmente, das altas temperaturas dentro das salas de aula, do mau cheiro e do excesso de poeira do local, que não tem piso e está com manchas de mofo na parede.
"As crianças não conseguem assistir às aulas por causa da temperatura, e fora da classe não tem lugar para brincar. Por isso, eles acabam dispensados", diz Shirley Schmidt, 41 anos, conselheira da APM.
"Está horrível. A gente deixa o filho na escola, mal dá tempo de chegar em casa e já tem que voltar novamente", reclama Gislene Nascimento, 28, mãe de dois alunos.
Os estudantes estão nessa situação desde outubro de 2004, quando a prefeitura demoliu a estrutura inicial da Emef, ex-escola de lata, com a promessa de prédios de alvenaria em até 150 dias.
As obras de reconstrução da Emef foram paralisadas há um mês e não há previsão para retomá-las, o que provocou indignação nos pais de alunos, que até então conviviam silenciosamente com o tempo escasso de aula e as condições insalubres de ensino.
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