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13/09/2005
-
10h29
FABIO SCHIVARTCHE
da Folha de S.Paulo
A administração José Serra (PSDB) reduziu em cerca de 20% o número de funcionários que prestam serviços de limpeza e conservação nos CEUs, os 21 "escolões" da periferia de São Paulo criados durante a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
A limpeza e conservação dos "escolões" é feita por empresas terceirizadas. A redução, realizada por aditamentos aos contratos vigentes, deve levar à dispensa de mais de 200 trabalhadores.
A decisão foi publicada no "Diário Oficial da Cidade" no último sábado. O corte varia de 9,5%, no CEU Alvarenga, a 25%, no CEU Campo Limpo, ambos na zona sul da capital.
Segundo o secretário municipal da Educação, José Aristodemo Pinotti, o corte faz parte de um redimensionamento da rede. "O número de pessoas que trabalham nessas escolas foi superdimensionado [na gestão passada]. Os contratos previam serviços além das necessidades reais", disse Pinotti
Outros cortes
Esse não é o primeiro corte que a gestão Serra faz nos CEUs, uma das principais bandeiras na derrotada campanha de reeleição de Marta Suplicy, em 2004.
Desde o início do ano, a atual administração reduziu a quantidade de seguranças nas unidades da zona sul da cidade. O número de vigilantes caiu de oito para cinco em cada turno.
Também houve uma redução nas atividades culturais, que aconteciam todos os finais de semana, em 2004. O catálogo de filmes nas unidades que têm cinemas quase não aumentou e a programação teatral é basicamente feita por grupos da comunidade.
Fim de governo
No final do governo Marta, nos últimos meses de 2004, a agenda de atividades estava movimentada. Havia aulas de teatro, artes plásticas, dança e música.
Mas as reclamações por atraso e mesmo falta de pagamento em algumas unidades levou funcionários a paralisarem suas atividades.
Em 31 de dezembro, os contratos dos educadores acabaram. E, nas primeiras semanas deste ano, no início da gestão Serra, muitos foram à prefeitura reclamar que não tinham recebido os pagamentos por trabalhos prestados nos últimos meses de 2004. A grande maioria dos reclamantes negociou com a atual gestão e já conseguiu receber.
Outro lado
O secretário municipal da Educação, José Aristodemo Pinotti, afirmou ontem que o corte de funcionários que prestam serviços nos 21 CEUs da cidade está sendo adotado gradativamente sem causar prejuízo aos seus cerca de 46 mil alunos.
"O número de pessoas que trabalham nessas escolas foi superdimensionado [na gestão passada]. Os contratos previam serviços além das necessidades reais. Por isso, estão sendo redimensionados e, em certos casos, reduzidos", disse Pinotti.
Segundo ele, essa prática tem trazido economia aos cofres públicos. "Estamos cortando custos em praticamente todos os itens que temos na secretaria", afirmou o secretário, que diz se basear em um estudo feito por técnicos de sua pasta para decidir pelos cortes.
A assessoria da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) diz que não houve superdimensionamento e que todos os contratos firmados durante a gestão passada consideravam um número adequado de funcionários para cada CEU.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre os CEUs
Serra "encolhe" as equipes de limpeza e manutenção do CEU
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da Folha de S.Paulo
A administração José Serra (PSDB) reduziu em cerca de 20% o número de funcionários que prestam serviços de limpeza e conservação nos CEUs, os 21 "escolões" da periferia de São Paulo criados durante a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
A limpeza e conservação dos "escolões" é feita por empresas terceirizadas. A redução, realizada por aditamentos aos contratos vigentes, deve levar à dispensa de mais de 200 trabalhadores.
A decisão foi publicada no "Diário Oficial da Cidade" no último sábado. O corte varia de 9,5%, no CEU Alvarenga, a 25%, no CEU Campo Limpo, ambos na zona sul da capital.
Segundo o secretário municipal da Educação, José Aristodemo Pinotti, o corte faz parte de um redimensionamento da rede. "O número de pessoas que trabalham nessas escolas foi superdimensionado [na gestão passada]. Os contratos previam serviços além das necessidades reais", disse Pinotti
Outros cortes
Esse não é o primeiro corte que a gestão Serra faz nos CEUs, uma das principais bandeiras na derrotada campanha de reeleição de Marta Suplicy, em 2004.
Desde o início do ano, a atual administração reduziu a quantidade de seguranças nas unidades da zona sul da cidade. O número de vigilantes caiu de oito para cinco em cada turno.
Também houve uma redução nas atividades culturais, que aconteciam todos os finais de semana, em 2004. O catálogo de filmes nas unidades que têm cinemas quase não aumentou e a programação teatral é basicamente feita por grupos da comunidade.
Fim de governo
No final do governo Marta, nos últimos meses de 2004, a agenda de atividades estava movimentada. Havia aulas de teatro, artes plásticas, dança e música.
Mas as reclamações por atraso e mesmo falta de pagamento em algumas unidades levou funcionários a paralisarem suas atividades.
Em 31 de dezembro, os contratos dos educadores acabaram. E, nas primeiras semanas deste ano, no início da gestão Serra, muitos foram à prefeitura reclamar que não tinham recebido os pagamentos por trabalhos prestados nos últimos meses de 2004. A grande maioria dos reclamantes negociou com a atual gestão e já conseguiu receber.
Outro lado
O secretário municipal da Educação, José Aristodemo Pinotti, afirmou ontem que o corte de funcionários que prestam serviços nos 21 CEUs da cidade está sendo adotado gradativamente sem causar prejuízo aos seus cerca de 46 mil alunos.
"O número de pessoas que trabalham nessas escolas foi superdimensionado [na gestão passada]. Os contratos previam serviços além das necessidades reais. Por isso, estão sendo redimensionados e, em certos casos, reduzidos", disse Pinotti.
Segundo ele, essa prática tem trazido economia aos cofres públicos. "Estamos cortando custos em praticamente todos os itens que temos na secretaria", afirmou o secretário, que diz se basear em um estudo feito por técnicos de sua pasta para decidir pelos cortes.
A assessoria da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) diz que não houve superdimensionamento e que todos os contratos firmados durante a gestão passada consideravam um número adequado de funcionários para cada CEU.
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