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15/11/2005
-
09h36
ALEXANDRE NOBESCHI
SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
Primeiro dos grandes vestibulares de São Paulo, a prova da Unicamp --que ocorre no próximo domingo-- tem dupla função: selecionar os estudantes para a universidade de Campinas e ajudar os candidatos que farão outros exames de peso, como a Fuvest e a Unesp, a quebrar a ansiedade típica do período.
Não se trata de um treino para os outros processos seletivos. Mas, por ser um vestibular de grande porte, a disputa real e o clima de prova dão ao estudante mais tranqüilidade para realizar os exames seguintes.
"Acho até bom que a Unicamp seja a primeira, porque é agradável de fazer e acalma, sim, o candidato que vai concorrer em outras universidades", afirma Leandro Tessler, coordenador-executivo da Comvest.
"Se for um candidato que faz o vestibular pela primeira vez e vai prestar mais de um, ele vai sentir como é a prova para valer. No próximo, que será a Fuvest, ele já sabe como funciona", afirma o coordenador do COC de Ribeirão Preto, José Blundi Júnior.
A responsabilidade de chegar no horário, controlar o tempo e saber o que levar para fazer a prova também ajudam no "aprendizado de vestibular". "Parece bobagem, mas isso dá um subsídio importante para que ele esteja mais calmo nos futuros exames", diz o diretor do Stockler Vestibulares, Almir Bunduki.
Para o estudante Caio Macedo de Athayde Bonadio, 17, um dos principais ganhos será o controle do nervosismo. "Acho que por ser a primeira prova e com este peso deve me ajudar nos próximos", diz ele, que vai concorrer a uma vaga em medicina.
No entanto, a professora Ângela Soligo, da Faculdade de Educação da Unicamp, aponta que o primeiro vestibular também pode ter efeitos negativos. "O estudante que não teve uma experiência negativa em provas anteriores pode ir mais entusiasmado. Outros, ficam muito mais tensos ao encarar o primeiro teste", diz.
Esse é um dos medos da vestibulanda Gabriela do Nascimento Junqueira, 18. "Gostaria que a Unicamp fosse a última prova. Para mim, é a mais importante. Estaria mais segura se tivesse feito outros vestibulares", afirma ela, que disputa uma cadeira em engenharia de alimentos na Unicamp, na Fuvest, na Unesp e na Universidade Federal de Lavras.
Ganho de conteúdo
O exame da Unicamp pode contribuir em outros processos seletivos. "Embora a Unicamp tenha uma prova diferente da dos outros grandes vestibulares do país, já dá para o estudante ter uma dimensão de como foi o preparo dele durante o ano", afirma Blundi, do COC.
Segundo ele, como o nível das perguntas aumentou nos últimos anos, o vestibulando que não estiver bem preparado sentirá dificuldade para fazer a prova da Unicamp e, conseqüentemente, a dos outros exames.
A redação, segundo os professores consultados pela Folha, é o que mais pode favorecer os vestibulandos. "Como a redação da Unicamp é na primeira fase, eles podem ter uma idéia de como vai ser daí por diante. Mas é importante eles estarem atentos porque a Unicamp é bastante exigente", alerta Bunduki, do Stockler.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Unicamp
Leia o que já foi publicado sobre vestibulares
Unicamp ajuda a acalmar candidato
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SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
Primeiro dos grandes vestibulares de São Paulo, a prova da Unicamp --que ocorre no próximo domingo-- tem dupla função: selecionar os estudantes para a universidade de Campinas e ajudar os candidatos que farão outros exames de peso, como a Fuvest e a Unesp, a quebrar a ansiedade típica do período.
Não se trata de um treino para os outros processos seletivos. Mas, por ser um vestibular de grande porte, a disputa real e o clima de prova dão ao estudante mais tranqüilidade para realizar os exames seguintes.
"Acho até bom que a Unicamp seja a primeira, porque é agradável de fazer e acalma, sim, o candidato que vai concorrer em outras universidades", afirma Leandro Tessler, coordenador-executivo da Comvest.
"Se for um candidato que faz o vestibular pela primeira vez e vai prestar mais de um, ele vai sentir como é a prova para valer. No próximo, que será a Fuvest, ele já sabe como funciona", afirma o coordenador do COC de Ribeirão Preto, José Blundi Júnior.
A responsabilidade de chegar no horário, controlar o tempo e saber o que levar para fazer a prova também ajudam no "aprendizado de vestibular". "Parece bobagem, mas isso dá um subsídio importante para que ele esteja mais calmo nos futuros exames", diz o diretor do Stockler Vestibulares, Almir Bunduki.
Para o estudante Caio Macedo de Athayde Bonadio, 17, um dos principais ganhos será o controle do nervosismo. "Acho que por ser a primeira prova e com este peso deve me ajudar nos próximos", diz ele, que vai concorrer a uma vaga em medicina.
No entanto, a professora Ângela Soligo, da Faculdade de Educação da Unicamp, aponta que o primeiro vestibular também pode ter efeitos negativos. "O estudante que não teve uma experiência negativa em provas anteriores pode ir mais entusiasmado. Outros, ficam muito mais tensos ao encarar o primeiro teste", diz.
Esse é um dos medos da vestibulanda Gabriela do Nascimento Junqueira, 18. "Gostaria que a Unicamp fosse a última prova. Para mim, é a mais importante. Estaria mais segura se tivesse feito outros vestibulares", afirma ela, que disputa uma cadeira em engenharia de alimentos na Unicamp, na Fuvest, na Unesp e na Universidade Federal de Lavras.
Ganho de conteúdo
O exame da Unicamp pode contribuir em outros processos seletivos. "Embora a Unicamp tenha uma prova diferente da dos outros grandes vestibulares do país, já dá para o estudante ter uma dimensão de como foi o preparo dele durante o ano", afirma Blundi, do COC.
Segundo ele, como o nível das perguntas aumentou nos últimos anos, o vestibulando que não estiver bem preparado sentirá dificuldade para fazer a prova da Unicamp e, conseqüentemente, a dos outros exames.
A redação, segundo os professores consultados pela Folha, é o que mais pode favorecer os vestibulandos. "Como a redação da Unicamp é na primeira fase, eles podem ter uma idéia de como vai ser daí por diante. Mas é importante eles estarem atentos porque a Unicamp é bastante exigente", alerta Bunduki, do Stockler.
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