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09/12/2005
-
21h29
da Agência Folha
Após 86 dias de greve, os professores da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) decidiram nesta sexta-feira suspender a paralisação, mas ainda assim os alunos terão que esperar mais um mês para voltarem às salas de aula.
A greve afetou também o vestibular da UFJF, que foi adiado em cinco dias. Os exames para os cerca de 20 mil candidatos deveriam começar domingo (11), mas passaram para a próxima sexta (16).
O motivo alegado para o adiamento, de acordo com a assessoria da universidade, foi "em respeito ao movimento grevista".
A decisão dos professores da UFJF de suspender a paralisação ocorreu no final da manhã desta sexta.
O presidente da Apes-JF/S-Sind (Associação dos Professores do Ensino Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora), Agostinho Beghelli Filho, afirmou que os professores que lecionam para os cursos técnicos voltam às salas de aula na próxima segunda.
Mas os professores dos 29 cursos superiores, cerca de mil, embora à disposição da universidade, só voltarão a dar aulas no dia 9 de janeiro. "A universidade entende que não seria pedagógico nem didático recomeçar as aulas agora na segunda-feira e ter que paralisar com as festas de final de ano. Por esse motivo, foi colocado o início das aulas para o começo de janeiro", afirmou a assessoria da instituição.
Liminar
O sindicato dos professores tenta cassar na segunda instância da Justiça Federal, em Brasília, uma liminar concedida a uma ação do Ministério Público Federal que pede que ao menos 30% dos professores da UFJF retomem as aulas. A decisão da Justiça Federal é anterior à suspensão da greve. Ainda não há decisão sobre o recurso apresentado pelo sindicato.
No Acre, a Justiça Federal determinou, por meio de uma liminar, a volta às aulas aos alunos que estejam no último semestre dos cursos de graduação da Universidade Federal do Acre e para estudantes do Colégio de Aplicação.
Os professores da universidade, paralisados desde o dia 15 de agosto, foram os primeiros a entrar em greve neste ano. Até a tarde desta sexta, 36 universidades federais continuavam em greve no país.
O juiz federal Jair Facundes acatou os argumentos do Ministério Público Federal do Acre, por meio de uma ação civil pública, de que a greve prejudica os formandos, pois correm o risco de perder empregos e vagas em pós-graduação. O prazo dado pela Justiça para o restabelecimento das aulas termina na próxima segunda-feira (12).
O procurador jurídico da UFAC, Ronaldo Martins Freire, disse que a universidade irá cumprir a decisão, mas que deve apresentar recurso à liminar. "Estamos buscando fundamentação para recurso", disse.
O diretor da Adufac (associação dos docentes da UFAC), Wenden Charles, disse que a categoria irá recorrer da decisão.
"Além de ser uma decisão discriminatória, pois privilegia alguns alunos, o juiz não entende o conceito de aluno finalista. O estudante pode estar no último anos, mas cursar disciplinas de semestres anteriores", disse Charles.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a UFJF
Professores da UFJF suspendem paralisação
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Após 86 dias de greve, os professores da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) decidiram nesta sexta-feira suspender a paralisação, mas ainda assim os alunos terão que esperar mais um mês para voltarem às salas de aula.
A greve afetou também o vestibular da UFJF, que foi adiado em cinco dias. Os exames para os cerca de 20 mil candidatos deveriam começar domingo (11), mas passaram para a próxima sexta (16).
O motivo alegado para o adiamento, de acordo com a assessoria da universidade, foi "em respeito ao movimento grevista".
A decisão dos professores da UFJF de suspender a paralisação ocorreu no final da manhã desta sexta.
O presidente da Apes-JF/S-Sind (Associação dos Professores do Ensino Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora), Agostinho Beghelli Filho, afirmou que os professores que lecionam para os cursos técnicos voltam às salas de aula na próxima segunda.
Mas os professores dos 29 cursos superiores, cerca de mil, embora à disposição da universidade, só voltarão a dar aulas no dia 9 de janeiro. "A universidade entende que não seria pedagógico nem didático recomeçar as aulas agora na segunda-feira e ter que paralisar com as festas de final de ano. Por esse motivo, foi colocado o início das aulas para o começo de janeiro", afirmou a assessoria da instituição.
Liminar
O sindicato dos professores tenta cassar na segunda instância da Justiça Federal, em Brasília, uma liminar concedida a uma ação do Ministério Público Federal que pede que ao menos 30% dos professores da UFJF retomem as aulas. A decisão da Justiça Federal é anterior à suspensão da greve. Ainda não há decisão sobre o recurso apresentado pelo sindicato.
No Acre, a Justiça Federal determinou, por meio de uma liminar, a volta às aulas aos alunos que estejam no último semestre dos cursos de graduação da Universidade Federal do Acre e para estudantes do Colégio de Aplicação.
Os professores da universidade, paralisados desde o dia 15 de agosto, foram os primeiros a entrar em greve neste ano. Até a tarde desta sexta, 36 universidades federais continuavam em greve no país.
O juiz federal Jair Facundes acatou os argumentos do Ministério Público Federal do Acre, por meio de uma ação civil pública, de que a greve prejudica os formandos, pois correm o risco de perder empregos e vagas em pós-graduação. O prazo dado pela Justiça para o restabelecimento das aulas termina na próxima segunda-feira (12).
O procurador jurídico da UFAC, Ronaldo Martins Freire, disse que a universidade irá cumprir a decisão, mas que deve apresentar recurso à liminar. "Estamos buscando fundamentação para recurso", disse.
O diretor da Adufac (associação dos docentes da UFAC), Wenden Charles, disse que a categoria irá recorrer da decisão.
"Além de ser uma decisão discriminatória, pois privilegia alguns alunos, o juiz não entende o conceito de aluno finalista. O estudante pode estar no último anos, mas cursar disciplinas de semestres anteriores", disse Charles.
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