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30/12/2005
-
09h22
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
Em reunião aberta que contou com cerca de 80 professores, a reitoria da PUC-SP reafirmou ontem que será preciso cortar ainda mais o quadro de docentes devido à crise financeira da instituição.
A posição frustra, oficialmente, a proposta da Apropuc (sindicato da categoria) aprovada em assembléia na última terça-feira, que aceitava uma diminuição salarial se não houvesse demissões.
Já está em curso o corte de 87 dos 1.900 professores --47 aderiram voluntariamente. Esse número irá aumentar, pois a meta da reitoria ainda não foi atingida.
"Juridicamente, a redução de salários é uma solução muito vulnerável", afirmou o chefe-de-gabinete da reitoria, Guilherme Simões. "Essa saída só teve sucesso em outras instituições quando foi possível dar uma contrapartida, ou seja, a garantia do emprego. Não podemos fazer isso."
Na avaliação da reitoria, apenas a redução de salário é insuficiente para diminuir em 20% a folha de pagamento até fevereiro. Essa é a exigência dos bancos Bradesco e ABN Amro, que emprestaram R$ 82 milhões para a PUC-SP pagar dívidas com 14 instituições.
Agora, esses bancos querem que a universidade acabe com o déficit mensal de R$ 4 milhões, como um sinal de que o empréstimo será pago na totalidade.
A primeira medida tomada pela universidade foi aumentar a carga de aulas dos professores. Com isso, diminuiu-se a demanda por docentes, o que possibilitou a diminuição de contratos e as demissões que estão em curso.
Porém, essas medidas atingiram apenas 10% da meta. A situação fez com que dom Cláudio Hummes, que ocupa o maior posto da PUC-SP e é fiador da dívida, cogitasse a hipótese de fazer uma intervenção na universidade, tirando poderes administrativos da reitora Maura Véras.
Sob essa pressão, Véras conseguiu apoio do Conselho Universitário (instância máxima da PUC-SP) na semana passada para aumentar o corte. Neste momento, os departamentos estão estudando como fazer a redução.
Os critérios utilizados para isso foram contestados ontem por docentes na reunião com a reitoria. "As escolhas estão sendo políticas e não acadêmicas", disse Marly Cavalcanti, 62, professora de economia. A reitoria rebateu afirmando que estão sendo considerados itens como produtividade e dedicação ao trabalho.
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Leia o que já foi publicado sobre a PUC
PUC-SP continuará a demitir docentes
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da Folha de S.Paulo
Em reunião aberta que contou com cerca de 80 professores, a reitoria da PUC-SP reafirmou ontem que será preciso cortar ainda mais o quadro de docentes devido à crise financeira da instituição.
A posição frustra, oficialmente, a proposta da Apropuc (sindicato da categoria) aprovada em assembléia na última terça-feira, que aceitava uma diminuição salarial se não houvesse demissões.
Já está em curso o corte de 87 dos 1.900 professores --47 aderiram voluntariamente. Esse número irá aumentar, pois a meta da reitoria ainda não foi atingida.
"Juridicamente, a redução de salários é uma solução muito vulnerável", afirmou o chefe-de-gabinete da reitoria, Guilherme Simões. "Essa saída só teve sucesso em outras instituições quando foi possível dar uma contrapartida, ou seja, a garantia do emprego. Não podemos fazer isso."
Na avaliação da reitoria, apenas a redução de salário é insuficiente para diminuir em 20% a folha de pagamento até fevereiro. Essa é a exigência dos bancos Bradesco e ABN Amro, que emprestaram R$ 82 milhões para a PUC-SP pagar dívidas com 14 instituições.
Agora, esses bancos querem que a universidade acabe com o déficit mensal de R$ 4 milhões, como um sinal de que o empréstimo será pago na totalidade.
A primeira medida tomada pela universidade foi aumentar a carga de aulas dos professores. Com isso, diminuiu-se a demanda por docentes, o que possibilitou a diminuição de contratos e as demissões que estão em curso.
Porém, essas medidas atingiram apenas 10% da meta. A situação fez com que dom Cláudio Hummes, que ocupa o maior posto da PUC-SP e é fiador da dívida, cogitasse a hipótese de fazer uma intervenção na universidade, tirando poderes administrativos da reitora Maura Véras.
Sob essa pressão, Véras conseguiu apoio do Conselho Universitário (instância máxima da PUC-SP) na semana passada para aumentar o corte. Neste momento, os departamentos estão estudando como fazer a redução.
Os critérios utilizados para isso foram contestados ontem por docentes na reunião com a reitoria. "As escolhas estão sendo políticas e não acadêmicas", disse Marly Cavalcanti, 62, professora de economia. A reitoria rebateu afirmando que estão sendo considerados itens como produtividade e dedicação ao trabalho.
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