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11/02/2006 - 12h07

PUC-SP adia início das aulas para março

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FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S. Paulo

O início das aulas na PUC-SP foi adiado em 17 dias devido à crise financeira pela qual a universidade passa. O retorno das atividades estava marcado para a próxima segunda-feira, mas foi remarcado para o dia 2 de março.

A medida vale para o campus Monte Alegre, o principal da instituição. Nos outros (Marquês de Paranaguá, Sorocaba e Santana), o calendário segue o mesmo.

O adiamento ocorreu em razão dos ajustes que a universidade vem fazendo para acabar com um déficit mensal de R$ 4 milhões.

Para isso, a PUC está diminuindo a carga horária de professores, unindo turmas e demitindo --até ontem, foram 268 cortes, entre docentes e funcionários. Devido a essas mudanças, os departamentos não conseguiram fechar a distribuição das aulas.

Unindo o enxugamento da folha de pagamento com mudanças administrativas, a instituição chegou a um corte mensal de R$ 3,1 milhões. Como faltam R$ 900 mil para se atingir a meta, mais ajustes serão necessários.

"Para nós, esse adiamento indica que haverá mais demissões", afirma o diretor da Apropuc (associação dos docentes) Erson Martins de Oliveira.
A associação marcou para o dia 8 de março uma recepção dos calouros da universidade. "Vamos dizer que a PUC é uma universidade importante, mas que está passando por graves problemas e precisa do envolvimento de todos", afirma Oliveira.

Parcelamento

O fim do déficit mensal é uma exigência dos bancos Bradesco e ABN Amro, com os quais a universidade possui uma dívida de R$ 82 milhões. Essa é a pior crise financeira da instituição, que começou há pelo menos dez anos.
Devido a essa dificuldade, os salários estão sendo pagos com atraso. Os funcionários receberam os vencimentos relativos a janeiro em duas vezes. Desde 2003 não havia parcelamento para a categoria. Já os professores ganharam apenas R$ 1.100 até agora.

A reitoria afirma que o restante será pago até o final deste mês. A maioria dos docentes tem salários entre R$ 4.000 e R$ 10 mil.

No começo deste mês, ao falar para o Conselho Universitário (principal órgão da instituição), a reitora Maura Véras disse que "a situação da PUC ainda é grave, mas está sob absoluto controle".

Sobre os cortes, ela disse que "foram decisões conjuntas, respeitando o caráter democrático da universidade, ouvindo todas as instâncias representativas, sem comprometer nossa excelência".

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