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02/05/2006
-
10h55
da Folha de S.Paulo
Os aprovados na Fuvest costumam ter um bom desempenho nas questões de literatura. A média de acertos dos convocados nas perguntas que abordam as obras literárias chega a ser quase o dobro da dos que não conseguiram vaga na USP.
Na primeira fase do maior vestibular do país, costumam ser cobradas seis perguntas sobre os livros. Pode parecer pouco diante do conjunto das cem questões, mas o acerto delas, muitas vezes, significa a convocação para a segunda fase do processo seletivo.
No último vestibular, um teste sobre o livro "Poemas Completos de Alberto Caeiro", heterônimo de Fernando Pessoa, mostra bem a importância da leitura. Dos convocados para matrícula, 76,5% acertaram a resposta. Já entre os cerca de 160 mil reprovados, o índice de acerto foi de 33,6%.
Na segunda fase da Fuvest, as questões de literatura são 40% da prova de português. O índice de acerto de quem é aprovado, comparado com o do total dos candidatos que fazem a prova, é superior em oito pontos percentuais.
Segundo a vice-diretora-executiva da Fuvest, Maria Thereza Fraga Rocco, é fundamental a leitura dos livros. "Acho até que o aluno pode passar no vestibular sem ter lido, mas é muito mais difícil. Com a leitura, ele pode ter um melhor desempenho. As questões são feitas para quem leu."
Já a Unicamp cobra as obras literárias apenas na segunda fase. "É possível ser aprovado sem responder a uma única questão de literatura, pois a prova [de português] é considerada como um todo. O aluno só não pode zerar", diz Leandro Tessler, coordenador-executivo do vestibular. "No entanto, especialmente nos cursos mais concorridos, não é uma boa idéia o candidato deixar de lado as questões de literatura."
Thalita Serra de Castro, 19, que entrou em letras da USP no último vestibular, leu todas as obras no ensino médio e ainda releu algumas para poder responder bem às questões. "Acho que o essencial é encarar a leitura com prazer e não como se fosse só para a Fuvest. Se você vai ler obrigado, perde a sensibilidade", diz.
Para quem acha que a leitura é uma perda de tempo, a coordenadora de português do Etapa, Célia Passoni, dá o contraponto: "A literatura ajuda em todas as matérias, porque ensina a ler os enunciados, ajuda a ter jogo de cintura e serve para o resto da vida. O bom aluno lê todas as obras".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Fuvest
Leia o que já foi publicado sobre a Unicamp
Aprovado tem boa nota em literatura
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Os aprovados na Fuvest costumam ter um bom desempenho nas questões de literatura. A média de acertos dos convocados nas perguntas que abordam as obras literárias chega a ser quase o dobro da dos que não conseguiram vaga na USP.
Na primeira fase do maior vestibular do país, costumam ser cobradas seis perguntas sobre os livros. Pode parecer pouco diante do conjunto das cem questões, mas o acerto delas, muitas vezes, significa a convocação para a segunda fase do processo seletivo.
No último vestibular, um teste sobre o livro "Poemas Completos de Alberto Caeiro", heterônimo de Fernando Pessoa, mostra bem a importância da leitura. Dos convocados para matrícula, 76,5% acertaram a resposta. Já entre os cerca de 160 mil reprovados, o índice de acerto foi de 33,6%.
Na segunda fase da Fuvest, as questões de literatura são 40% da prova de português. O índice de acerto de quem é aprovado, comparado com o do total dos candidatos que fazem a prova, é superior em oito pontos percentuais.
Segundo a vice-diretora-executiva da Fuvest, Maria Thereza Fraga Rocco, é fundamental a leitura dos livros. "Acho até que o aluno pode passar no vestibular sem ter lido, mas é muito mais difícil. Com a leitura, ele pode ter um melhor desempenho. As questões são feitas para quem leu."
Já a Unicamp cobra as obras literárias apenas na segunda fase. "É possível ser aprovado sem responder a uma única questão de literatura, pois a prova [de português] é considerada como um todo. O aluno só não pode zerar", diz Leandro Tessler, coordenador-executivo do vestibular. "No entanto, especialmente nos cursos mais concorridos, não é uma boa idéia o candidato deixar de lado as questões de literatura."
Thalita Serra de Castro, 19, que entrou em letras da USP no último vestibular, leu todas as obras no ensino médio e ainda releu algumas para poder responder bem às questões. "Acho que o essencial é encarar a leitura com prazer e não como se fosse só para a Fuvest. Se você vai ler obrigado, perde a sensibilidade", diz.
Para quem acha que a leitura é uma perda de tempo, a coordenadora de português do Etapa, Célia Passoni, dá o contraponto: "A literatura ajuda em todas as matérias, porque ensina a ler os enunciados, ajuda a ter jogo de cintura e serve para o resto da vida. O bom aluno lê todas as obras".
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