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16/05/2006
-
11h00
ALEXANDRE NOBESCHI
da Folha de S.Paulo
A culpa é deles. Claro que não estão sozinhos na empreitada, mas são um dos responsáveis pela quantidade --e qualidade-- de tecnologia que nos cerca. O cientista da computação está presente nos mais diversos setores da produção, da agricultura à música.
Criador de softwares (programas para computadores, como editores de imagens ou de sons), o bacharel em ciência da computação é a pessoa que faz, ao lado de quem cursou engenharia da computação ou sistema de informação, a migração de métodos manuais de trabalho para a informatização e a automação.
"Hoje, como tudo envolve computação, comunicação e informação, o campo de atividade é variado. Pode-se trabalhar com jogos eletrônicos, com softwares para celular, para equipamentos eletrônicos, para lojas, com sistemas médicos e com som e imagens digitais", enumera Roberto Ferrari, coordenador do curso de ciência da computação da UFSCar.
Dentre todas essas possibilidades, o cientista da computação Rafael Piccolo, 24, conseguiu uma vaga no mercado de trabalho em uma empresa que desenvolve softwares para a área de saúde.
De acordo com ele, os programas que desenvolve controlam da entrada do paciente no hospital à folha de pagamento. "É um software que faz tudo isso, mas cada área do hospital tem acesso para entrar apenas no seu setor. Quem programa isso é o cientista da computação", afirma Piccolo.
Mas a tarefa de espalhar a tecnologia para todos os cantos não é restrita ao cientista da computação. A revolução digital conta também com outros paladinos, como o engenheiro da computação e o profissional graduado em sistema de informação. "Só com a formação de bons profissionais é que melhoraremos a qualidade do software brasileiro", diz Maurício Nacib Pontuschka, coordenador do curso na PUC-SP.
Em uma analogia à indústria automobilística, segundo Edson Norberto Cáceres, diretor de Educação da Sociedade Brasileira de Computação, o cientista e o engenheiro projetam o carro, já quem cursou sistema de informação monta o veículo.
Formação
O contato estreito com computadores, na maioria das vezes, é um dos principais fatores que levam os estudantes ao curso de ciência da computação. No entanto vale um alerta feito por professores da área: na graduação, não basta apenas gostar de computadores, é necessário muita habilidade em matemática.
"Na UFSCar, os alunos estudam matemática nos três primeiros semestres. Isso os ajuda a desenvolver o raciocínio abstrato, auxilia no desenvolvimento de programas e no estudo da computação gráfica", afirma Ferrari.
A matemática, principal arma do cientista da computação, é também uma armadilha para os universitários. Por causa dela, muitos estudantes desistem do curso. "A desistência é alta, porque eles sabem que sem a matemática não dá para ser um bom profissional", diz Cáceres.
Em compensação, aqueles que superam os entraves com a disciplina e se formam obtêm uma renda inicial, na capital paulista, de R$ 2.500, em média.
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Profissional de computação "passeia" por várias áreas
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da Folha de S.Paulo
A culpa é deles. Claro que não estão sozinhos na empreitada, mas são um dos responsáveis pela quantidade --e qualidade-- de tecnologia que nos cerca. O cientista da computação está presente nos mais diversos setores da produção, da agricultura à música.
Criador de softwares (programas para computadores, como editores de imagens ou de sons), o bacharel em ciência da computação é a pessoa que faz, ao lado de quem cursou engenharia da computação ou sistema de informação, a migração de métodos manuais de trabalho para a informatização e a automação.
"Hoje, como tudo envolve computação, comunicação e informação, o campo de atividade é variado. Pode-se trabalhar com jogos eletrônicos, com softwares para celular, para equipamentos eletrônicos, para lojas, com sistemas médicos e com som e imagens digitais", enumera Roberto Ferrari, coordenador do curso de ciência da computação da UFSCar.
Dentre todas essas possibilidades, o cientista da computação Rafael Piccolo, 24, conseguiu uma vaga no mercado de trabalho em uma empresa que desenvolve softwares para a área de saúde.
De acordo com ele, os programas que desenvolve controlam da entrada do paciente no hospital à folha de pagamento. "É um software que faz tudo isso, mas cada área do hospital tem acesso para entrar apenas no seu setor. Quem programa isso é o cientista da computação", afirma Piccolo.
Mas a tarefa de espalhar a tecnologia para todos os cantos não é restrita ao cientista da computação. A revolução digital conta também com outros paladinos, como o engenheiro da computação e o profissional graduado em sistema de informação. "Só com a formação de bons profissionais é que melhoraremos a qualidade do software brasileiro", diz Maurício Nacib Pontuschka, coordenador do curso na PUC-SP.
Em uma analogia à indústria automobilística, segundo Edson Norberto Cáceres, diretor de Educação da Sociedade Brasileira de Computação, o cientista e o engenheiro projetam o carro, já quem cursou sistema de informação monta o veículo.
Formação
O contato estreito com computadores, na maioria das vezes, é um dos principais fatores que levam os estudantes ao curso de ciência da computação. No entanto vale um alerta feito por professores da área: na graduação, não basta apenas gostar de computadores, é necessário muita habilidade em matemática.
"Na UFSCar, os alunos estudam matemática nos três primeiros semestres. Isso os ajuda a desenvolver o raciocínio abstrato, auxilia no desenvolvimento de programas e no estudo da computação gráfica", afirma Ferrari.
A matemática, principal arma do cientista da computação, é também uma armadilha para os universitários. Por causa dela, muitos estudantes desistem do curso. "A desistência é alta, porque eles sabem que sem a matemática não dá para ser um bom profissional", diz Cáceres.
Em compensação, aqueles que superam os entraves com a disciplina e se formam obtêm uma renda inicial, na capital paulista, de R$ 2.500, em média.
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