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18/05/2006
-
09h21
ALFREDO FEIERABEND
da Folha de S.Paulo
Cinco escolas foram atacadas na noite de anteontem e na madrugada de ontem no Estado de São Paulo. Na capital, a Emef Cândido Portinari, em Perus (zona norte), foi alvo de tiros.
De acordo com a GCM (Guarda Civil Metropolitana), por volta de 22h35 de anteontem, após o término das aulas, sete tiros atingiram a escola. Uma bomba também foi jogada no prédio, mas não explodiu.
Policiais relatam que o segurança ouviu barulho de gente forçando a grade da entrada e se aproximou da porta de vidro. Os tiros começaram e ele se arrastou até o telefone. Ligou para a polícia enquanto uma bala passou a três palmos do seu corpo e atingiu a porta de uma das salas.
A GCM chegou pouco depois, mas os suspeitos já haviam fugido, deixando dois galões de gasolina e três detonadores de bombas.
Para professores e policiais, a ação não foi de estudantes porque o material encontrado era "profissional". "Não sabemos quem foi, mas não foi aluno. Quem fez isso queria tocar fogo na escola porque trouxe muita gasolina", diz a coordenadora de educação, Rosely Arrojo.
A Cândido Portinari tem 1.800 alunos, matriculados em quatro turnos. São turmas de 1ª a 8ª séries do ensino fundamental e de EJA (Educação de Jovens e Adultos). Pela manhã, alunos e professores chegaram normalmente para as aulas e encontraram nos portões o aviso: "Por motivo de segurança hoje [ontem] não haverá aula". Até as 17h de ontem, ainda não havia a informação de quando a escola voltará a abrir.
Na Grande São Paulo, o prédio da Sabesp em São Miguel Paulista (zona leste) foi metralhado. Policiais flagraram o grupo e um criminoso foi morto "no confronto". O resto da quadrilha fugiu. Em todo o Estado, foram 17 ataques contra bases militares ou prédios de civis.
Bombas
No interior, quatro escolas foram atacadas. Em Orlândia (366 km da capital), uma bomba explodiu em um escola estadual e causou um incêndio. As aulas já haviam terminado.
Em Pindamonhangaba (145 km a nordeste de São Paulo) duas escolas foram alvo de coquetéis molotov na noite de anteontem. Um menino de 13 anos teve queimaduras na perna direita.
Em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), um incêndio destruiu parte de um escola municipal no bairro Parque Valença na madrugada de ontem, deixando 1.600 alunos sem aulas ontem.
Quatro cidades da região de Ribeirão Preto registraram incidentes. Em Batatais, a casa de um policial militar recebeu disparos ontem de madrugada, sem deixar feridos. Em Américo Brasiliense, o agente Carlos Alberto Saul foi baleado na mão anteontem.
Em Ribeirão Preto, houve disparos anteontem à noite contra o muro de uma penitenciária feminina, mas ninguém se feriu.
"Aproveitadores"
Para a polícia, nenhum dos ataques a escolas tem relação com os atos do PCC.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil em São Paulo, Marco Antonio Desgualdo, "tem casos que a gente andou verificando que não tem essa certeza, mas está mais para crime comum. Tem que filtrar isso, ver o que pode ser atribuído ao crime organizado".
Especial
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Bombas e tiros atingem cinco escolas em São Paulo
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da Folha de S.Paulo
Cinco escolas foram atacadas na noite de anteontem e na madrugada de ontem no Estado de São Paulo. Na capital, a Emef Cândido Portinari, em Perus (zona norte), foi alvo de tiros.
De acordo com a GCM (Guarda Civil Metropolitana), por volta de 22h35 de anteontem, após o término das aulas, sete tiros atingiram a escola. Uma bomba também foi jogada no prédio, mas não explodiu.
Policiais relatam que o segurança ouviu barulho de gente forçando a grade da entrada e se aproximou da porta de vidro. Os tiros começaram e ele se arrastou até o telefone. Ligou para a polícia enquanto uma bala passou a três palmos do seu corpo e atingiu a porta de uma das salas.
A GCM chegou pouco depois, mas os suspeitos já haviam fugido, deixando dois galões de gasolina e três detonadores de bombas.
Para professores e policiais, a ação não foi de estudantes porque o material encontrado era "profissional". "Não sabemos quem foi, mas não foi aluno. Quem fez isso queria tocar fogo na escola porque trouxe muita gasolina", diz a coordenadora de educação, Rosely Arrojo.
A Cândido Portinari tem 1.800 alunos, matriculados em quatro turnos. São turmas de 1ª a 8ª séries do ensino fundamental e de EJA (Educação de Jovens e Adultos). Pela manhã, alunos e professores chegaram normalmente para as aulas e encontraram nos portões o aviso: "Por motivo de segurança hoje [ontem] não haverá aula". Até as 17h de ontem, ainda não havia a informação de quando a escola voltará a abrir.
Na Grande São Paulo, o prédio da Sabesp em São Miguel Paulista (zona leste) foi metralhado. Policiais flagraram o grupo e um criminoso foi morto "no confronto". O resto da quadrilha fugiu. Em todo o Estado, foram 17 ataques contra bases militares ou prédios de civis.
Bombas
No interior, quatro escolas foram atacadas. Em Orlândia (366 km da capital), uma bomba explodiu em um escola estadual e causou um incêndio. As aulas já haviam terminado.
Em Pindamonhangaba (145 km a nordeste de São Paulo) duas escolas foram alvo de coquetéis molotov na noite de anteontem. Um menino de 13 anos teve queimaduras na perna direita.
Em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), um incêndio destruiu parte de um escola municipal no bairro Parque Valença na madrugada de ontem, deixando 1.600 alunos sem aulas ontem.
Quatro cidades da região de Ribeirão Preto registraram incidentes. Em Batatais, a casa de um policial militar recebeu disparos ontem de madrugada, sem deixar feridos. Em Américo Brasiliense, o agente Carlos Alberto Saul foi baleado na mão anteontem.
Em Ribeirão Preto, houve disparos anteontem à noite contra o muro de uma penitenciária feminina, mas ninguém se feriu.
"Aproveitadores"
Para a polícia, nenhum dos ataques a escolas tem relação com os atos do PCC.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil em São Paulo, Marco Antonio Desgualdo, "tem casos que a gente andou verificando que não tem essa certeza, mas está mais para crime comum. Tem que filtrar isso, ver o que pode ser atribuído ao crime organizado".
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