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20/05/2006
-
15h14
CRISTINA CHARÃO
da Folha Online
Os professores da PUC-SP continuam a temer demissões. No início deste ano, a dívida da instituição com bancos levou a universidade a dispensar professores, o que causou protestos.
Segundo o vice-presidente da Associação dos Professores da PUC, Hamilton Octávio de Souza, os docentes temem ser substituídos por profissionais que aceitem receber salários menores.
De acordo com Souza, a substituição dos docentes demitidos no início do ano foi feita com a contratação de profissionais com salários até 70% menor. "Isso cria um pânico geral de que todos os que ganham salários mais altos serão substituídos", disse Souza.
O plano de recuperação da PUC, apresentado no mês passado pela reitoria, não prevê novas demissões, mas "ajustes institucionais", que incluem políticas específicas para cursos deficitários, mensalidades diferenciada para as licenciaturas e melhoria da infra-estrutura.
Crise
Os cortes de professores e funcionários ocorridos no início deste ano na PUC-SP são reflexo da crise financeira que a instituição enfrenta e que agravou-se no ano passado, quando chegou a ter um déficit mensal de R$ 4,3 milhões e uma dívida de R$ 82 milhões com bancos.
Em abril, a Justiça do Trabalho estadual determinou a reintegração coletiva de 320 docentes. A PUC recorreu e o TST (Tribunal Superior do Trabalho) suspendeu o efeito da decisão estadual. O mérito da ação será novamente julgado pelo TST.
A reitoria e os professores e funcionários também estão negociando os termos do Acordo Interno, que define os direitos dos trabalhadores da PUC. O acordo, que incluía condições melhores que o acordo coletivo dos professores do sistema privado de ensino superior, foi rompido unilateralmente pela universidade.
A reitora Maura Véras não pôde atender a reportagem por telefone, na sexta-feira (19), para comentar o andamento das negociações.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a PUC-SP
Leia a cobertura sobre a crise na PUC-SP
Professores da PUC-SP ainda temem demissões causadas por crise
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da Folha Online
Os professores da PUC-SP continuam a temer demissões. No início deste ano, a dívida da instituição com bancos levou a universidade a dispensar professores, o que causou protestos.
Segundo o vice-presidente da Associação dos Professores da PUC, Hamilton Octávio de Souza, os docentes temem ser substituídos por profissionais que aceitem receber salários menores.
De acordo com Souza, a substituição dos docentes demitidos no início do ano foi feita com a contratação de profissionais com salários até 70% menor. "Isso cria um pânico geral de que todos os que ganham salários mais altos serão substituídos", disse Souza.
O plano de recuperação da PUC, apresentado no mês passado pela reitoria, não prevê novas demissões, mas "ajustes institucionais", que incluem políticas específicas para cursos deficitários, mensalidades diferenciada para as licenciaturas e melhoria da infra-estrutura.
Crise
Os cortes de professores e funcionários ocorridos no início deste ano na PUC-SP são reflexo da crise financeira que a instituição enfrenta e que agravou-se no ano passado, quando chegou a ter um déficit mensal de R$ 4,3 milhões e uma dívida de R$ 82 milhões com bancos.
Em abril, a Justiça do Trabalho estadual determinou a reintegração coletiva de 320 docentes. A PUC recorreu e o TST (Tribunal Superior do Trabalho) suspendeu o efeito da decisão estadual. O mérito da ação será novamente julgado pelo TST.
A reitoria e os professores e funcionários também estão negociando os termos do Acordo Interno, que define os direitos dos trabalhadores da PUC. O acordo, que incluía condições melhores que o acordo coletivo dos professores do sistema privado de ensino superior, foi rompido unilateralmente pela universidade.
A reitora Maura Véras não pôde atender a reportagem por telefone, na sexta-feira (19), para comentar o andamento das negociações.
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