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07/06/2006
-
16h23
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
Desde o final do mês de maio, estudantes secundaristas chilenos realizam protestos em várias cidades do país. O movimento reivindica transporte escolar gratuito, modificações no critério de seleção universitária e revisão da lei do setor, promulgada ainda durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
O movimento se tornou a primeira crise do governo Michelle Bachelet, que assumiu a presidência do país em março deste ano. Os estudantes chegaram a enfrentar a polícia e uma bomba explodiu no Ministério da Educação. Com o crescimento das manifestações e o apoio de professores e universitários, a presidente aceitou parte das reivindicações dos estudantes.
No início deste mês, Bachelet anunciou em cadeia nacional de rádio e TV um pacote de medidas de educação ao custo de 31 bilhões de pesos (R$ 132 milhões) neste ano para atender parte das reivindicações dos estudantes secundaristas.
O governo se comprometeu a emitir um passe escolar de uso livre para o transporte público, com tarifa liberada para os setores de baixa renda e vestibular gratuito.
Na madrugada do último dia 6, o governo anunciou que os estudantes participarão do conselho formado para discutir a reforma educacional, em mais um esforço para destravar a crise.
O governo de Bachelet também anunciou que 80% dos alunos serão isentados da taxa de US$ 40 (cerca de R$ 90) cobrada para fazer o vestibular --só os 20% de maior renda continuarão pagando. A gratuidade no transporte público, outra demanda, não foi atendida.
Os manifestantes também pedem que os grandes lucros com a venda de cobre, principal produto de exportação do país, sejam investidos em educação.
Manifestações
Mesmo conseguindo o passe livre, as passeatas e ocupações de escolas continuaram no país.
No final de maio, cerca de 600 mil pessoas foram às ruas de Santiago --considerada a maior manifestação desde a volta da democracia ao país, em 1990. Houve confronto com a polícia, e 730 foram detidos.
No último dia 5, a convocação dos líderes para um dia de "paralisação reflexiva" terminou em conflitos entre manifestantes e policiais e saques nas principais ruas do centro de Santiago. Segundo o governo, havia 262 detidos à noite.
Liderado por adolescentes, o movimento acabou apelidado de "revolta dos pingüins", em alusão à gravata usada no uniforme dos estudantes.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre greves de estudantes
Entenda a crise entre estudantes e governo no Chile
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da Folha de S.Paulo
Desde o final do mês de maio, estudantes secundaristas chilenos realizam protestos em várias cidades do país. O movimento reivindica transporte escolar gratuito, modificações no critério de seleção universitária e revisão da lei do setor, promulgada ainda durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
O movimento se tornou a primeira crise do governo Michelle Bachelet, que assumiu a presidência do país em março deste ano. Os estudantes chegaram a enfrentar a polícia e uma bomba explodiu no Ministério da Educação. Com o crescimento das manifestações e o apoio de professores e universitários, a presidente aceitou parte das reivindicações dos estudantes.
No início deste mês, Bachelet anunciou em cadeia nacional de rádio e TV um pacote de medidas de educação ao custo de 31 bilhões de pesos (R$ 132 milhões) neste ano para atender parte das reivindicações dos estudantes secundaristas.
O governo se comprometeu a emitir um passe escolar de uso livre para o transporte público, com tarifa liberada para os setores de baixa renda e vestibular gratuito.
Na madrugada do último dia 6, o governo anunciou que os estudantes participarão do conselho formado para discutir a reforma educacional, em mais um esforço para destravar a crise.
O governo de Bachelet também anunciou que 80% dos alunos serão isentados da taxa de US$ 40 (cerca de R$ 90) cobrada para fazer o vestibular --só os 20% de maior renda continuarão pagando. A gratuidade no transporte público, outra demanda, não foi atendida.
Os manifestantes também pedem que os grandes lucros com a venda de cobre, principal produto de exportação do país, sejam investidos em educação.
Manifestações
Mesmo conseguindo o passe livre, as passeatas e ocupações de escolas continuaram no país.
No final de maio, cerca de 600 mil pessoas foram às ruas de Santiago --considerada a maior manifestação desde a volta da democracia ao país, em 1990. Houve confronto com a polícia, e 730 foram detidos.
No último dia 5, a convocação dos líderes para um dia de "paralisação reflexiva" terminou em conflitos entre manifestantes e policiais e saques nas principais ruas do centro de Santiago. Segundo o governo, havia 262 detidos à noite.
Liderado por adolescentes, o movimento acabou apelidado de "revolta dos pingüins", em alusão à gravata usada no uniforme dos estudantes.
Com agências internacionais
Especial
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