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24/06/2006
-
09h18
FABIANA FUTEMA
Enviada da Folha Online a Mata de São João (BA)
Um grupo de empresários e representantes da sociedade civil, com a ajuda do governo, se prepara para lançar um movimento que tem por objetivo melhorar a qualidade da educação do país até 2022. A data coincide com o aniversário do bicentenário da Independência do país.
"Nada simboliza mais a independência de um país do que a educação", disse Ana Maria Diniz, uma das coordenadoras do movimento "Compromisso Todos pela Educação", que será lançado no dia 6 de setembro no Museu do Ipiranga, em São Paulo.
Segundo ela, o movimento --que se diz apartidário e atemporal-- fixou metas que serão atingidas no longo prazo e ao longo de vários governos. "O empresário quer resultados imediatos. Mas na educação não dá para ser assim. Com imediatismo, não vamos a lugar nenhum na educação."
Diniz afirmou que o movimento começou a ser pensado por um grupo de empresários em outubro de 2005. "Não lançamos o movimento de imediato, pois queríamos dar conteúdo às nossas propostas e metas."
Viviane Senna, do Instituto Ayrton Senna, disse que só se engajou no "Compromisso Todos pela Educação" porque o movimento tem metas mensuráveis. "Existe um foco no resultado e sabemos onde queremos chegar."
Entre as metas do movimento estão o acesso, permanência e sucesso da criança na escola. Para alcançar essas metas, o movimento fixou alguns parâmetros. No caso do acesso e permanência, por exemplo, o objetivo é fazer com que 98% das crianças e jovens entre 4 e 17 anos estejam na escola até 2022.
No entanto, segundo Viviane Senna, não adianta ter acesso e permanência na escola se não houver a universalização da conclusão do ensino. "O aluno pode ficar repetindo de ano e isso não é uma boa forma de permanência", disse ela.
Outra meta é fazer com que todas as crianças saibam ler e escrever aos 8 anos em 2022. Para saber se o objetivo será cumprido, o grupo propõe a realização de provas na 2ª série do ensino fundamental.
Além das metas de qualidade, o grupo também quer garantir o direcionamento continuado e crescente de recursos para a educação. A meta do movimento é elevar os investimentos em educação básica de 3% para 5% do PIB (Produto Interno Bruto) a partir de 2011.
Ana Maria e Viviane defendem o engajamento de toda a sociedade nesse compromisso para melhorar a educação. Para elas, a sociedade precisa se indignar com a precariedade do ensino público e cobrar ações e investimentos para melhorar a educação do país.
"Tem que ser um projeto de todos os brasileiros e não apenas da elite. Muitos países já começaram a fazer a sua lição de casa na área da educação. O Brasil não pode ficar para trás", disse Ana Maria.
*A jornalista viajou a convite da Fundação Lemann
Especial
Leia o que já foi publicado sobre investimentos em educação
Movimento quer melhorar qualidade da educação até 2022
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Enviada da Folha Online a Mata de São João (BA)
Um grupo de empresários e representantes da sociedade civil, com a ajuda do governo, se prepara para lançar um movimento que tem por objetivo melhorar a qualidade da educação do país até 2022. A data coincide com o aniversário do bicentenário da Independência do país.
"Nada simboliza mais a independência de um país do que a educação", disse Ana Maria Diniz, uma das coordenadoras do movimento "Compromisso Todos pela Educação", que será lançado no dia 6 de setembro no Museu do Ipiranga, em São Paulo.
Segundo ela, o movimento --que se diz apartidário e atemporal-- fixou metas que serão atingidas no longo prazo e ao longo de vários governos. "O empresário quer resultados imediatos. Mas na educação não dá para ser assim. Com imediatismo, não vamos a lugar nenhum na educação."
Diniz afirmou que o movimento começou a ser pensado por um grupo de empresários em outubro de 2005. "Não lançamos o movimento de imediato, pois queríamos dar conteúdo às nossas propostas e metas."
Viviane Senna, do Instituto Ayrton Senna, disse que só se engajou no "Compromisso Todos pela Educação" porque o movimento tem metas mensuráveis. "Existe um foco no resultado e sabemos onde queremos chegar."
Entre as metas do movimento estão o acesso, permanência e sucesso da criança na escola. Para alcançar essas metas, o movimento fixou alguns parâmetros. No caso do acesso e permanência, por exemplo, o objetivo é fazer com que 98% das crianças e jovens entre 4 e 17 anos estejam na escola até 2022.
No entanto, segundo Viviane Senna, não adianta ter acesso e permanência na escola se não houver a universalização da conclusão do ensino. "O aluno pode ficar repetindo de ano e isso não é uma boa forma de permanência", disse ela.
Outra meta é fazer com que todas as crianças saibam ler e escrever aos 8 anos em 2022. Para saber se o objetivo será cumprido, o grupo propõe a realização de provas na 2ª série do ensino fundamental.
Além das metas de qualidade, o grupo também quer garantir o direcionamento continuado e crescente de recursos para a educação. A meta do movimento é elevar os investimentos em educação básica de 3% para 5% do PIB (Produto Interno Bruto) a partir de 2011.
Ana Maria e Viviane defendem o engajamento de toda a sociedade nesse compromisso para melhorar a educação. Para elas, a sociedade precisa se indignar com a precariedade do ensino público e cobrar ações e investimentos para melhorar a educação do país.
"Tem que ser um projeto de todos os brasileiros e não apenas da elite. Muitos países já começaram a fazer a sua lição de casa na área da educação. O Brasil não pode ficar para trás", disse Ana Maria.
*A jornalista viajou a convite da Fundação Lemann
Especial
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