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04/07/2006
-
10h27
SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
Para muitos, o vestibular de meio de ano representa uma nova chance de entrar na faculdade --e poupar seis meses de desgaste psicológico e estudos num cursinho. Outros encaram o momento como um grande ensaio geral para afinar o ritmo e melhorar a performance nos processos seletivos de final de ano. Não é à toa que 14,5% dos candidatos às provas de julho da Unesp são treineiros.
A porcentagem impressiona quando é comparada à de treineiros no vestibular do final do ano. Nessa época, eles são apenas 3% do conjunto de candidatos. E neste vestibular de inverno houve queda no número dos que fazem a prova para testar conhecimentos: em 2005, eles eram 17% dos inscritos.
Esse é o caso de André Petris Esteve, 16, que vai fazer o vestibular para engenharia elétrica. Como está no terceiro ano do ensino médio, mesmo que seja aprovado, o estudante não poderá se matricular.
"Estou encarando como um treino para o psicológico e para controlar o tempo. E, se eu passar, fico com uma confiança a mais no final do ano", diz. No ano passado, ele já prestou a Fuvest como treineiro e notou que o nervosismo atrapalhou o desempenho. "Não fui mal, mas durante a prova havia questões que eu achei difíceis e, quando olhei em casa, vi que elas eram bem mais simples."
Nem o fato de perder três dias de férias o desanima. "Isso dentro de um mês não é nada. E vale a pena fazer, se eu conseguir ficar calmo no final do ano. Só não adianta fazer a prova de mau humor, pensando em ir para a praia."
A dica para quem vai encarar a prova sem a pressão de ter de passar é uma só: "É importante que se faça o exame até o fim", afirma o coordenador do Etapa, Carlos Eduardo Bindi. "Se não fizer a prova direitinho, tomando todos os cuidados de revisar, de ficar até o final, é um desperdício de oportunidade."
No entanto, para o diretor acadêmico da Vunesp, Fernando Prado, o caráter de treinamento é negativo. "Do ponto de vista pedagógico, acho ruim que o vestibular do meio de ano seja visto como treino. Mas se os alunos entendem que é bom para medir a pressão psicológica, não vamos impedir", diz.
A sério
Se a concorrência real diminui com a quantidade de treineiros, a dificuldade de quem vai prestar de verdade é outra: menos tempo para revisar todo o conteúdo cobrado.
No segundo ano de cursinho intensivo, Estela Terumi Sasahara, 18, que vai prestar para biotecnologia --a carreira mais concorrida deste vestibular, com 31,7 candidatos por vaga--, vai se ancorar na memória e na preparação do ano anterior.
"No fim do ano, a Unesp não oferece o curso que quero e, como prestei Fuvest também, estou confiante. Consegui revisar boa parte da matéria", disse. "Estou estudando mil vezes mais que no ano passado. Neste ano, caiu a ficha e eu quero entrar na faculdade", afirma.
No total, são 17 as carreiras em disputa na Unesp. Apenas os cursos de engenharia civil, elétrica e mecânica do campus de Ilha Solteira são oferecidos também no final do ano.
Para quem optou por alguma dessas graduações, a concorrência é um pouco menor do que a enfrentada nas provas de dezembro passado. Para civil, há 7,8 candidatos por vaga, sendo que havia 8; para elétrica, 9,3 contra os 10,4 de 2005; e para mecânica, 12,4 contra 15,1.
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Exame de meio de ano é oportunidade de praticar
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da Folha de S.Paulo
Para muitos, o vestibular de meio de ano representa uma nova chance de entrar na faculdade --e poupar seis meses de desgaste psicológico e estudos num cursinho. Outros encaram o momento como um grande ensaio geral para afinar o ritmo e melhorar a performance nos processos seletivos de final de ano. Não é à toa que 14,5% dos candidatos às provas de julho da Unesp são treineiros.
A porcentagem impressiona quando é comparada à de treineiros no vestibular do final do ano. Nessa época, eles são apenas 3% do conjunto de candidatos. E neste vestibular de inverno houve queda no número dos que fazem a prova para testar conhecimentos: em 2005, eles eram 17% dos inscritos.
Esse é o caso de André Petris Esteve, 16, que vai fazer o vestibular para engenharia elétrica. Como está no terceiro ano do ensino médio, mesmo que seja aprovado, o estudante não poderá se matricular.
"Estou encarando como um treino para o psicológico e para controlar o tempo. E, se eu passar, fico com uma confiança a mais no final do ano", diz. No ano passado, ele já prestou a Fuvest como treineiro e notou que o nervosismo atrapalhou o desempenho. "Não fui mal, mas durante a prova havia questões que eu achei difíceis e, quando olhei em casa, vi que elas eram bem mais simples."
Nem o fato de perder três dias de férias o desanima. "Isso dentro de um mês não é nada. E vale a pena fazer, se eu conseguir ficar calmo no final do ano. Só não adianta fazer a prova de mau humor, pensando em ir para a praia."
A dica para quem vai encarar a prova sem a pressão de ter de passar é uma só: "É importante que se faça o exame até o fim", afirma o coordenador do Etapa, Carlos Eduardo Bindi. "Se não fizer a prova direitinho, tomando todos os cuidados de revisar, de ficar até o final, é um desperdício de oportunidade."
No entanto, para o diretor acadêmico da Vunesp, Fernando Prado, o caráter de treinamento é negativo. "Do ponto de vista pedagógico, acho ruim que o vestibular do meio de ano seja visto como treino. Mas se os alunos entendem que é bom para medir a pressão psicológica, não vamos impedir", diz.
A sério
Se a concorrência real diminui com a quantidade de treineiros, a dificuldade de quem vai prestar de verdade é outra: menos tempo para revisar todo o conteúdo cobrado.
No segundo ano de cursinho intensivo, Estela Terumi Sasahara, 18, que vai prestar para biotecnologia --a carreira mais concorrida deste vestibular, com 31,7 candidatos por vaga--, vai se ancorar na memória e na preparação do ano anterior.
"No fim do ano, a Unesp não oferece o curso que quero e, como prestei Fuvest também, estou confiante. Consegui revisar boa parte da matéria", disse. "Estou estudando mil vezes mais que no ano passado. Neste ano, caiu a ficha e eu quero entrar na faculdade", afirma.
No total, são 17 as carreiras em disputa na Unesp. Apenas os cursos de engenharia civil, elétrica e mecânica do campus de Ilha Solteira são oferecidos também no final do ano.
Para quem optou por alguma dessas graduações, a concorrência é um pouco menor do que a enfrentada nas provas de dezembro passado. Para civil, há 7,8 candidatos por vaga, sendo que havia 8; para elétrica, 9,3 contra os 10,4 de 2005; e para mecânica, 12,4 contra 15,1.
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