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25/07/2006 - 09h49

Rádio e TV associa técnica à teoria

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VINÍCIUS SEGALLA
colaboração para a Folha de S.Paulo

Por trás de cada novela, telejornal ou show de auditório, no rádio ou na televisão, existe um batalhão de profissionais trabalhando para que aquele programa chegue à tela ou à caixa de som do jeito que vemos ou ouvimos. Eles gravam e editam as cenas captadas pelas câmeras, juntam trilhas sonoras a imagens, cuidam para que os cenários e a iluminação estejam corretos. São os profissionais de rádio e TV.

O radialista aprende na faculdade a usar imagens e sons como ferramenta de comunicação. Seu mercado de trabalho está em todos os lugares onde existam produtos de comunicação audiovisuais: o rádio, a TV, as produtoras independentes e até o cinema.

A grande diferença entre o radialista e os demais comunicadores é que o primeiro precisa deter conhecimentos técnicos de softwares e aparelhos de filmagem e de edição, além do saber humanístico sobre as ciências da comunicação.

O desafio de um curso na área é conseguir passar os dois tipos de conhecimento aos estudantes. "Não subestimamos a importância do aluno saber operar as ferramentas, mas ministramos um curso acadêmico, não meramente técnico", afirma o professor Marco Vale, vice-coordenador do curso da Cásper Líbero. "Ao mesmo tempo que ensinamos os alunos a trabalhar com o Final Cut (software de edição), temos aulas de história da arte, linguagem e estética da edição", exemplifica o professor.

Mercado aquecido

Do final da década de 90 para cá, o mercado passou por uma expansão, fruto do desenvolvimento de novos meios de comunicação e do barateamento da tecnologia necessária para editar vídeo.

A internet abriu um novo filão para todas as carreiras de comunicação, não só para o radialista. E o advento da imagem digital possibilitou que um computador de mesa pudesse substituir os caros equipamentos de uma ilha de edição.

Adriano Pena, 28, é editor de vídeo e se beneficiou dessa realidade. Ele ingressou no curso de rádio e TV da ECA-USP em 1998 e foi desde cedo direcionando sua carreira para a edição. "Quando entrei na faculdade, achei que tinha que trabalhar numa emissora de rádio ou de TV. Depois de um tempo, comecei a ver que tinham mais nichos. O negócio é dominar a linguagem de imagem e som, a plataforma em que será exibido o produto final não importa."

Adriano começou como estagiário do Canal SP, editando vinhetas. Após outros trabalhos semelhantes, foi arquivista na campanha presidencial do PT em 2002. "Tinha que separar imagens antigas para a propaganda eleitoral, mas sempre procurava a ilha de edição."

Depois, foi trabalhar na Bandeira Filmes, onde diz que aprendeu de vez a editar. "Aí, deixei a faculdade de lado para crescer profissionalmente. Ganhei muita confiança."

Em 2004, seus contatos o levaram para a campanha de vereadores do PSDB na cidade de Mogi das Cruzes. Pena afirma que ganhou um bom dinheiro e um nome no mercado. Em 2005, recebeu um convite para trabalhar na TV Angola. "Foi a prova final. Cheguei sem conhecer ninguém, nem o país. Passei quatro meses lá e voltei muito mais maduro."

Ao voltar, investiu o que ganhou em equipamentos e abriu, com dois colegas, a Pixaim Multimídia, sua própria produtora. Estabilizado, voltou à faculdade para buscar o diploma. Ele se forma no final do ano, já no curso de audiovisual. "Sou um ferramenteiro digital, queimando DVDs e ajustando frames. É profissão para quem não liga para horários e gosta de dinamismo", finaliza.

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