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20/11/2006 - 09h36

Professores observam imprecisão em questão da Unicamp

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SIMONE HARNIK
VINÍCIUS CAETANO SEGALLA
da Folha de S.Paulo

A prova da primeira fase da Unicamp aconteceu ontem e, logo na primeira questão, de matemática, provocou polêmica entre os professores de cursinho ouvidos pela Folha.

Segundo eles, há duas imprecisões na pergunta, que podem levar candidatos a uma confusão. Como tradicionalmente faz, a Unicamp optou por um exame monotemático, sobre agricultura, com ênfase no aspecto energético.

O professor Glen Van Amson, do Anglo, afirma que, na primeira pergunta, foi empregado o termo "função linear" de maneira equivocada. "No sentido estrito da palavra, está errado", endossa Edmilson Motta, do Etapa. Já para o professor do Objetivo Giuseppe Nobilioni, havia um problema no item b (que perguntava sobre dois combustíveis). "Acredito que alguns alunos possam ter interpretado a pergunta e construído uma resposta pensando na proporção deles [dos combustíveis]."

O coordenador-adjunto da Comvest (comissão que realiza o vestibular), Renato Pedrosa, considera que a pergunta estava clara. "Mas, se aparecerem respostas levando em conta as reclamações dos professores, elas serão analisadas e aceitas, se o raciocínio estiver correto."

No restante do exame, segundo o diretor do Etapa, Carlos Eduardo Bindi, a prova serviu para avaliar a capacidade de leitura do candidato e seu conhecimento geral. "Foi uma prova dentro do estilo geral da primeira fase da Unicamp. O aluno precisava saber interpretar textos e ter familiaridade com algumas equações, fórmulas e conceitos básicos. Não foi uma prova de memorização, e sim de compreensão de textos e conhecimento geral", analisa.

Exame

A prova é composta por uma redação --que pode ser dissertação, carta ou narração-- e de 12 questões sobre matemática, química, física, biologia, geografia e história. Somente os candidatos mais bem classificados, em até oito vezes o número de vagas em cada curso, terão sua redação corrigida. Serão eliminados os que tirarem nota zero na redação ou no conjunto das questões.

"Não achei a prova muito difícil, mas queria ter tido mais tempo", afirma Luís Felipe Lopes Honorato, 21, que presta vestibular para medicina. Já Priscila Bruno, 17, estudante de uma escola pública de Campinas, considerou a parte de exatas complexa.

O índice de abstenção foi de 5,5%, o que corresponde a 2.791 dos 50.219 inscritos. No ano passado, dos 49.845 candidatos, 4,83% ficaram ausentes.

Esse foi o caso de um estudante de Pirituba, zona norte, que não quis se identificar. Ele iria tentar uma vaga no curso de engenharia química, mas o ônibus em que estava quebrou e ele teve de percorrer boa parte do trajeto a pé, correndo até o local de prova na Barra Funda, sem conseguir chegar a tempo. "Não tenho culpa do ônibus. A Unicamp é minha prioridade. Não posso perder mais um ano", desesperava-se.

A Unicamp lançou em seu site um podcast, programa de rádio transmitido via internet, com informações sobre a prova e sobre a universidade. Na quarta, um programa comentando uma das questões será lançado. No mesmo dia, a entidade deve divulgar as respostas esperadas na primeira fase.

A lista dos candidatos convocados para a segunda fase será divulgada no dia 19 de dezembro. A segunda etapa acontece entre os dias 14 e 17 de janeiro. A relação de aprovados será divulgada no dia 6 de fevereiro.

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