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02/01/2007 - 10h56

Onze carreiras aumentam peso da redação

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da Folha de S.Paulo

Português e redação são as únicas provas que fazem parte da segunda fase de todas as carreiras do vestibular da Fuvest.

Só isso já mostra a importância que a instituição dá ao bom conhecimento da língua portuguesa por parte de qualquer vestibulando, mas, neste ano, uma boa parcela dos candidatos terá um motivo a mais para dedicar atenção redobrada à disciplina.

Onze carreiras oferecidas pela Fuvest dobraram o peso das notas de português e redação na segunda fase, entre elas jornalismo, terapia ocupacional, geografia e ciências sociais.

De acordo com professores ouvidos pela Folha, é principalmente na redação que os candidatos que estão mais bem preparados podem se diferenciar dos demais e garantir a vaga nas carreiras mais concorridas do vestibular.

"A prova de redação mede uma competência diferente da que as outras provas medem. A grande diferença é que as demais disciplinas avaliam quanto o aluno adquiriu daquele saber já comprovado pelas inúmeras ciências, enquanto a redação vai avaliar a competência de reação do candidato diante de uma questão de surpresa, onde ele é obrigado a improvisar", analisa o professor Platão Savioli, do Anglo.

"O que se mede na redação é a capacidade que o vestibulando tem de ensaiar um conhecimento, de buscar uma saída sustentável para uma questão ainda não resolvida, daí a chance de o aluno mais criativo se destacar em relação aos demais", conclui Savioli.

Informação e criatividade

Para o professor de língua portuguesa da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e autor do livro "Curso de Redação" (Ed. Ática, R$ 38,50), Antônio Suárez Abreu, o diferencial que o aluno pode obter na dissertação é o que ele traz de novo para a discussão acerca do tema proposto.

"A Fuvest cobra na redação coerência e coesão, correção gramatical e adequação ao tema. Tudo isso é o que qualquer candidato médio pode apresentar. Para aumentar a nota, a redação deve trazer criatividade e informatividade, ou seja, deve trazer um ponto de vista novo proposto pelo aluno, fruto de seu conhecimento pessoal sobre o assunto, e capacidade criativa para relacionar conhecimentos."

É na relação dos fatos que conta o conhecimento de mundo do candidato. "Meu conselho é que o vestibulando amplie seu universo de leitura. É só lendo que ele vai adquirir conhecimento que o capacite a apresentar soluções originais ao que se propõe debater", explica Abreu.

O candidato Bruno Casalotti, 20, que tenta uma vaga em ciências sociais, diz concordar com o professor.

"Uma pessoa que não lê não consegue escrever. As palavras não brotam da sua cabeça, é preciso ler para adquirir estilo e acumular argumentos." Bruno diz ser leitor assíduo de jornais, revistas e literatura política e afirma que ficou satisfeito com o aumento do peso da prova de língua portuguesa. "Tenho facilidade com português, minha mãe é professora e a literatura já está no sangue."

Marina Ribeiro Cugler, 18, que está prestando jornalismo, também diz ter gostado da mudança, apesar de não ser tão ligada à leitura como Bruno. "Em português eu me garanto", dispara, confiante. "Gosto de ler, mas sou um pouco preguiçosa. Com o cursinho, estou lendo mais e, agora, para a segunda fase da Fuvest, estou treinando redação direto", afirma Marina.

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