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04/05/2007
-
09h54
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
Cerca de cem estudantes que participaram da invasão da reitoria da USP na noite de quinta-feira (3) passaram a madrugada no local, segundo a universidade. Os estudantes controlam as portarias do prédio e impediram a entrada de funcionários, na manhã desta sexta.
O movimento exige que a reitoria se posicione sobre as medidas tomadas pela gestão Serra no início do ano. Entre elas estão a criação da Secretaria de Ensino Superior (as escolas estavam antes na Secretaria de Ciência e Tecnologia) e a inclusão das universidades no Siafem (sistema de gerenciamento orçamentário).
Para os estudantes, o governo restringiu a autonomia universitária com as medidas. A gestão Serra nega as críticas. Ela afirma que a secretaria foi criada para valorizar as universidades e que o Siafem será utilizado apenas para dar mais transparência aos gastos.
Ao invadir a reitoria, os estudantes alegaram que não foram recebidos pela reitora, Suely Vilela --com quem teriam uma reunião marcada--, porque ela está na Espanha, e que não conseguiam falar com o vice-reitor. Os estudantes dizem que sabiam da ausência da reitora, mas esperavam não encontrar resistência para conversar com o vice-reitor. Afirmam, ainda, que foram impedidos de entrar na reitoria, por isso houve o tumulto.
Segundo funcionários da reitoria, o grupo quebrou portas, grades e móveis para conseguir entrar, sob gritos como "a reitoria é nossa". Representantes dos alunos dizem que os móveis do local foram desmontados e que somente as portas foram danificadas durante a invasão.
A confusão terminou quando eles chegaram à ante-sala do gabinete da reitora. Na manhã desta sexta-feira, funcionários foram impedidos de entrar e outros foram dispensados devido à situação no local. Apenas a troca de turno dos seguranças foi permitida, às 7h.
O grupo foi recebido pelo vice-reitor, Franco Lajolo, depois que ele conversou com a reitora por telefone sobre a situação. Segundo a USP, nenhuma reivindicação foi feita.
Segundo estudantes da FFLCH (Faculdade de Filosofia Letras e Ciência Humanas), alunos que participam da invasão passaram em salas da unidade explicando que o movimento não tinha intenções violentas, mas que a entrada forçada foi necessária porque os seguranças impediram que eles chegassem até o gabinete.
O número de estudantes foi estimado por representantes dos alunos e pela prefeitura do campus em 300. A Polícia Militar fala em 120 pessoas.
A assessoria de imprensa da USP não soube informar se os alunos tinham mesmo uma reunião marcada com a reitora, mas disse estranhar a alegação dos manifestantes porque a viagem de Vilela para a Espanha estava marcada havia cerca de dois meses. A reitora viajou para cumprir compromissos pela rede de universidades Universia, da qual faz parte, e para ministrar palestras.
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da Folha de S.Paulo
Cerca de cem estudantes que participaram da invasão da reitoria da USP na noite de quinta-feira (3) passaram a madrugada no local, segundo a universidade. Os estudantes controlam as portarias do prédio e impediram a entrada de funcionários, na manhã desta sexta.
Marlene Bergamo/Folha Imagem |
Em protesto, estudantes da USP ocupam reitoria; veja imagens da invasão |
Para os estudantes, o governo restringiu a autonomia universitária com as medidas. A gestão Serra nega as críticas. Ela afirma que a secretaria foi criada para valorizar as universidades e que o Siafem será utilizado apenas para dar mais transparência aos gastos.
Ao invadir a reitoria, os estudantes alegaram que não foram recebidos pela reitora, Suely Vilela --com quem teriam uma reunião marcada--, porque ela está na Espanha, e que não conseguiam falar com o vice-reitor. Os estudantes dizem que sabiam da ausência da reitora, mas esperavam não encontrar resistência para conversar com o vice-reitor. Afirmam, ainda, que foram impedidos de entrar na reitoria, por isso houve o tumulto.
Segundo funcionários da reitoria, o grupo quebrou portas, grades e móveis para conseguir entrar, sob gritos como "a reitoria é nossa". Representantes dos alunos dizem que os móveis do local foram desmontados e que somente as portas foram danificadas durante a invasão.
A confusão terminou quando eles chegaram à ante-sala do gabinete da reitora. Na manhã desta sexta-feira, funcionários foram impedidos de entrar e outros foram dispensados devido à situação no local. Apenas a troca de turno dos seguranças foi permitida, às 7h.
O grupo foi recebido pelo vice-reitor, Franco Lajolo, depois que ele conversou com a reitora por telefone sobre a situação. Segundo a USP, nenhuma reivindicação foi feita.
Segundo estudantes da FFLCH (Faculdade de Filosofia Letras e Ciência Humanas), alunos que participam da invasão passaram em salas da unidade explicando que o movimento não tinha intenções violentas, mas que a entrada forçada foi necessária porque os seguranças impediram que eles chegassem até o gabinete.
O número de estudantes foi estimado por representantes dos alunos e pela prefeitura do campus em 300. A Polícia Militar fala em 120 pessoas.
A assessoria de imprensa da USP não soube informar se os alunos tinham mesmo uma reunião marcada com a reitora, mas disse estranhar a alegação dos manifestantes porque a viagem de Vilela para a Espanha estava marcada havia cerca de dois meses. A reitora viajou para cumprir compromissos pela rede de universidades Universia, da qual faz parte, e para ministrar palestras.
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