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17/01/2001
-
06h30
da Folha Ribeirão
O MEC (Ministério da Educação) alterou as regras para o provão deste ano após as investigações sobre a Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto) que apuravam a seleção de alunos do curso de direito para fazer o Exame Nacional de Cursos de 1999.
O ministério arquivou o caso por falta de provas, mas decidiu se precaver contra novos casos. Denúncia de alunos da Unaerp dizia que a universidade havia selecionado estudantes teoricamente com melhores notas para a instituição obter melhor desempenho no provão de 99.
A partir de agora, as notas dos alunos já formados e que fizerem a prova pela primeira vez passam a contar para a média do curso. Até o ano passado, a avaliação do curso era feita com base apenas nas notas dos alunos em condições de se formar naquele ano.
De acordo com Tancredo Maia Filho, coordenador do provão, se o aluno perdesse a prova por qualquer motivo, teria de esperar até o outro ano para prestar e só então poderia obter o diploma.
Maia Filho disse que havia "muito bochicho" sobre escolas que excluíam alunos das provas de um ano para que eles fizessem no outro, já depois de ter terminado o curso, para que a avaliação da instituição não fosse reduzida. Ele nega que a sindicância contra a Unaerp, que foi arquivada no início do ano passado, tenha motivado a alteração na regra.
De acordo com o coordenador, a comissão de sindicância constituída para a análise do caso concluiu que a Unaerp não selecionou os alunos para o exame.
Ele disse que a comissão constatou que, entre os que não haviam sido inscritos, haviam alunos com desempenho bom e ruim, o mesmo acontecendo com os alunos que já haviam sido incluídos.
De acordo com Maia Filho, na lista entregue pela Unaerp, não contavam todos os alunos porque a universidade avaliou que nem todos tinham condições de concluir o curso de Direito naquele ano. Ele não soube dizer, no entanto, se os alunos que foram incluídos posteriormente conseguiram se formar em 99.
A Folha procurou a direção da Unaerp e enviou uma relação de perguntas para a assessoria de imprensa. Até ontem, os dirigentes da universidade não se pronunciaram sobre o assunto.
MEC altera regras do provão para evitar fraude em universidade
EVANDRO SPINELLIda Folha Ribeirão
O MEC (Ministério da Educação) alterou as regras para o provão deste ano após as investigações sobre a Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto) que apuravam a seleção de alunos do curso de direito para fazer o Exame Nacional de Cursos de 1999.
O ministério arquivou o caso por falta de provas, mas decidiu se precaver contra novos casos. Denúncia de alunos da Unaerp dizia que a universidade havia selecionado estudantes teoricamente com melhores notas para a instituição obter melhor desempenho no provão de 99.
A partir de agora, as notas dos alunos já formados e que fizerem a prova pela primeira vez passam a contar para a média do curso. Até o ano passado, a avaliação do curso era feita com base apenas nas notas dos alunos em condições de se formar naquele ano.
De acordo com Tancredo Maia Filho, coordenador do provão, se o aluno perdesse a prova por qualquer motivo, teria de esperar até o outro ano para prestar e só então poderia obter o diploma.
Maia Filho disse que havia "muito bochicho" sobre escolas que excluíam alunos das provas de um ano para que eles fizessem no outro, já depois de ter terminado o curso, para que a avaliação da instituição não fosse reduzida. Ele nega que a sindicância contra a Unaerp, que foi arquivada no início do ano passado, tenha motivado a alteração na regra.
De acordo com o coordenador, a comissão de sindicância constituída para a análise do caso concluiu que a Unaerp não selecionou os alunos para o exame.
Ele disse que a comissão constatou que, entre os que não haviam sido inscritos, haviam alunos com desempenho bom e ruim, o mesmo acontecendo com os alunos que já haviam sido incluídos.
De acordo com Maia Filho, na lista entregue pela Unaerp, não contavam todos os alunos porque a universidade avaliou que nem todos tinham condições de concluir o curso de Direito naquele ano. Ele não soube dizer, no entanto, se os alunos que foram incluídos posteriormente conseguiram se formar em 99.
A Folha procurou a direção da Unaerp e enviou uma relação de perguntas para a assessoria de imprensa. Até ontem, os dirigentes da universidade não se pronunciaram sobre o assunto.
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