Publicidade
Publicidade
30/01/2001
-
22h02
O pró-reitor acadêmico da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco, Roberto Coutinho, afirmou temer que a política do Governo Federal para o ensino superior cause uma crise no ensino superior brasileiro. Há cerca de três anos, o governo só autoriza as universidades federais a contratar professores substitutos.
Essa proibição já redefiniu o quadro docente da UFPE. Hoje, dos quase 2.100 professores da universidade, cerca de 400 são substitutos. O contrato desses professores não pode durar mais que dois anos. "Com esse tipo de vínculo à instituição, são raros os docentes que realmente se envolvem academicamente", afirmou.
Embora admita que esse tipo de contrato permita que muitos profissionais com experiência prática sejam contratados, o professor Coutinho acredita que a qualificação dos professores temporários não substitui o nível dos profissionais que deixam de ser contratados. "Como o emprego de professor substituto não tem garantias, muitos pesquisadores qualificados acabam indo para universidades no exterior", disse.
O professor citou um documento enviado pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) ao MEC (Ministério da Educação), cobrando reformas no ensino superior brasileiro. "O país gasta bilhões para formar pessoal qualificado sem abrir o mercado nas universidades federais", afirmou.
A política de não contratação acaba causando também um achatamento no salário dos professores.
Neste ano, a UFPE prorrogou os contratos de uma professora de letras e um de administração, que receberão salários de R$ 327,50 e R$ 494,42, respectivamente, por uma jornada de trabalho de 20 horas semanais. Em pernambuco o valor é equivalente ao que recebe um policial militar, R$ 802 por 4 horas.
Coutinho reconhece que os salários são baixos. "Se o salário de um professor efetivo já não é tão tentador, o salário do professor substituto é menos ainda", afirmou, lembrando que a universidade pernambucana oferece salários maiores para professores com titulações mais elevadas, de acordo com as possibilidades da própria UFPE.
Para ele, as mudanças que o Governo Federal está promovendo na carreira de professor universitário demoraram muito mais do que deveriam para chegar ao Congresso: "Como qualquer outra reforma, ela depende só da vontade do Governo para ser implementada com rapidez", disse.
As informações são da agência PontoEDU.
UFPE reclama de veto à contratação de professores efetivos
da Folha OnlineO pró-reitor acadêmico da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco, Roberto Coutinho, afirmou temer que a política do Governo Federal para o ensino superior cause uma crise no ensino superior brasileiro. Há cerca de três anos, o governo só autoriza as universidades federais a contratar professores substitutos.
Essa proibição já redefiniu o quadro docente da UFPE. Hoje, dos quase 2.100 professores da universidade, cerca de 400 são substitutos. O contrato desses professores não pode durar mais que dois anos. "Com esse tipo de vínculo à instituição, são raros os docentes que realmente se envolvem academicamente", afirmou.
Embora admita que esse tipo de contrato permita que muitos profissionais com experiência prática sejam contratados, o professor Coutinho acredita que a qualificação dos professores temporários não substitui o nível dos profissionais que deixam de ser contratados. "Como o emprego de professor substituto não tem garantias, muitos pesquisadores qualificados acabam indo para universidades no exterior", disse.
O professor citou um documento enviado pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) ao MEC (Ministério da Educação), cobrando reformas no ensino superior brasileiro. "O país gasta bilhões para formar pessoal qualificado sem abrir o mercado nas universidades federais", afirmou.
A política de não contratação acaba causando também um achatamento no salário dos professores.
Neste ano, a UFPE prorrogou os contratos de uma professora de letras e um de administração, que receberão salários de R$ 327,50 e R$ 494,42, respectivamente, por uma jornada de trabalho de 20 horas semanais. Em pernambuco o valor é equivalente ao que recebe um policial militar, R$ 802 por 4 horas.
Coutinho reconhece que os salários são baixos. "Se o salário de um professor efetivo já não é tão tentador, o salário do professor substituto é menos ainda", afirmou, lembrando que a universidade pernambucana oferece salários maiores para professores com titulações mais elevadas, de acordo com as possibilidades da própria UFPE.
Para ele, as mudanças que o Governo Federal está promovendo na carreira de professor universitário demoraram muito mais do que deveriam para chegar ao Congresso: "Como qualquer outra reforma, ela depende só da vontade do Governo para ser implementada com rapidez", disse.
As informações são da agência PontoEDU.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Avaliação reprova 226 faculdades do país pelo 4º ano consecutivo
- Dilma aprova lei que troca dívidas de universidades por bolsas
- Notas das melhores escolas paulistas despencam em exame; veja
- Universidades de SP divulgam calendário dos vestibulares 2013
- Mercadante diz que não há margem para reajuste maior aos docentes
+ Comentadas
- Câmara sinaliza absolvição de deputados envolvidos com Cachoeira
- Alunos com bônus por raça repetem mais na Unicamp
+ EnviadasÍndice