Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/02/2001 - 20h21

MEC vai mudar forma de distribuição de notas do provão

da Folha Online

Depois de cinco anos resistindo às críticas e pressões dos donos de faculdades, organizações estudantes e até dos dirigentes das federais, o governo reconheceu a necessidade de mudanças no Exame Nacional de Cursos, o provão.

O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, informou hoje que até o final deste mês serão anunciadas mudanças na sistemática de definição das menções dadas às universidades pelo Provão, justamente um dos pontos mais polêmicos do sistema de avaliação das universidades brasileiras.

"A idéia de conceito relativo está mantida. Estamos estudando mudanças na fórmula de apresentar a distribuição entre A,B,D e E no sentido de torná-la mais precisa, mais clara e mais significativa do ponto de vista da qualidade do curso", afirmou.

De acordo com o ministro, as mudanças vão aperfeiçoar o sistema, mas o Ministério da Educação (MEC) ainda deverá manter o sistema de notas de A a E. O ministro justificou a necessidade de mudanças como conseqüência da consolidação do próprio Provão e não das críticas desferidas pela comunidade acadêmica.

"É possível fazer experimentações agora depois de cinco anos adotando o Provão. Temos a possibilidade de olhar o dado e estabelecer novos critérios para fazer a avaliação. Ela continua a mesma, o que muda é a forma de apresentar os resultados", afirmou.

As notas atribuídas ao provão atualmente não são usadas pelo MEC para a elaboração de um ranking.

O critério de distribuição das notas segue a técnica da Curva Normal de Gauss. O grupo total de cursos avaliados é dividido em partes fixas: 12% de conceito A, 18% de conceito B, 40% de notas C, 18% de D e 12% de conceito E.

De acordo com essa técnica, todas as escolas inscritas devem se situar no universo entre as notas A e E mesmo que a diferença entre a melhor colocada e pior seja de apenas um ponto.

A atual forma de distribuição de notas cria distorções como a dos cursos de matemática, no provão de 2000. Nas faculdades que obtiveram conceito C, a média de acerto dos alunos no exame foi de apenas 1,6 pontos em 10.

As informações são da agência PontoEDU.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página