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13/02/2001
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04h39
Ao anunciar ontem mudanças no Bolsa-Escola, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que "a corrupção em programas sociais é nojenta e inaceitável".
"Não podemos tolerar que haja corrupção, menos ainda em programas sociais", insistiu FHC.
O presidente não deu detalhes nem citou casos, mas disse que o governo
federal decidiu modificar o programa, fazendo o pagamento direto às famílias por meio de cartão magnético -sem a intermediação de prefeituras-, por ser ele "uma renovação e o mecanismo limpo de dar dignidade e cidadania".
Coube ao governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, anunciar punições para prefeitos do PSDB que se envolverem em denúncias de desvios de verbas do Fundef (fundo de desenvolvimento da educação). "Ele será expulso do partido", afirmou.
Depois, Fernando Henrique concordou: "Tem razão o governador Perillo".
Raí
O presidente disse que o Bolsa-Escola "é o símbolo desse novo Brasil", que está buscando somar. "O governo federal quer convergência, quer a soma de esforços, não quer monopólio de nada", afirmou FHC.
Daí, justificou a presença do ex-jogador Raí, que agora é parceiro da ONG (Organização Não-Governamental) Gol de Letra, voltada à educação.
"O Raí está presente, por quê? Acaso é para apoiar o presidente? Não. É porque ele está apoiando a criança brasileira", afirmou FHC, que em alguns momentos comportou-se como animador de auditório, levando as quase 300 crianças presentes aos gritos.
Elas foram levadas para lá pela prefeitura.
O lançamento do Bolsa-Escola federal foi feito em Águas Lindas de Goiás, distante 62 km do Palácio do Planalto e uma das cidades com piores índices sociais do país.
Em cinco anos, a população do município cresceu de 10 mil para 180 mil pessoas. A cidade não dispõe de saneamento básico, além de deter um dos piores índices de violência do país.
Ontem, a população da cidade foi mantida à distância. O presidente só teve contato com alguns moradores quando chegava à escola, depois de desembarcar de helicóptero numa garagem de ônibus próxima. A segurança presidencial não registrou nenhum incidentes.
Reforma
A escola onde foi realizado o evento foi toda reformada para receber o presidente.
Na sexta-feira, a secretária da Educação de Goiás, Raquel Teixeira, afirmou à Folha que estava gastando cerca de R$ 100 mil na reforma para deixar a escola "bonita para a visita". Ontem, diante da repercussão negativa, baixou os custos para R$ 25 mil -o mesmo valor da construção de uma sala de aula nova, segundo o próprio governo de Goiás.
FHC não fez promessas, mas disse que está "tomando as medidas necessárias para que a população de Águas Lindas se sinta mais cômoda".
O presidente afirmou ainda que considera o município "símbolo desse Brasil que cresce de repente e que, de repente, coloca a demanda sobre as administrações numa proporção que se diz: "Não vai dar".
"Corrupção na área social é nojenta", diz FHC
WILLIAM FRANÇA, da Folha de S.PauloAo anunciar ontem mudanças no Bolsa-Escola, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que "a corrupção em programas sociais é nojenta e inaceitável".
"Não podemos tolerar que haja corrupção, menos ainda em programas sociais", insistiu FHC.
O presidente não deu detalhes nem citou casos, mas disse que o governo
federal decidiu modificar o programa, fazendo o pagamento direto às famílias por meio de cartão magnético -sem a intermediação de prefeituras-, por ser ele "uma renovação e o mecanismo limpo de dar dignidade e cidadania".
Coube ao governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, anunciar punições para prefeitos do PSDB que se envolverem em denúncias de desvios de verbas do Fundef (fundo de desenvolvimento da educação). "Ele será expulso do partido", afirmou.
Depois, Fernando Henrique concordou: "Tem razão o governador Perillo".
Raí
O presidente disse que o Bolsa-Escola "é o símbolo desse novo Brasil", que está buscando somar. "O governo federal quer convergência, quer a soma de esforços, não quer monopólio de nada", afirmou FHC.
Daí, justificou a presença do ex-jogador Raí, que agora é parceiro da ONG (Organização Não-Governamental) Gol de Letra, voltada à educação.
"O Raí está presente, por quê? Acaso é para apoiar o presidente? Não. É porque ele está apoiando a criança brasileira", afirmou FHC, que em alguns momentos comportou-se como animador de auditório, levando as quase 300 crianças presentes aos gritos.
Elas foram levadas para lá pela prefeitura.
O lançamento do Bolsa-Escola federal foi feito em Águas Lindas de Goiás, distante 62 km do Palácio do Planalto e uma das cidades com piores índices sociais do país.
Em cinco anos, a população do município cresceu de 10 mil para 180 mil pessoas. A cidade não dispõe de saneamento básico, além de deter um dos piores índices de violência do país.
Ontem, a população da cidade foi mantida à distância. O presidente só teve contato com alguns moradores quando chegava à escola, depois de desembarcar de helicóptero numa garagem de ônibus próxima. A segurança presidencial não registrou nenhum incidentes.
Reforma
A escola onde foi realizado o evento foi toda reformada para receber o presidente.
Na sexta-feira, a secretária da Educação de Goiás, Raquel Teixeira, afirmou à Folha que estava gastando cerca de R$ 100 mil na reforma para deixar a escola "bonita para a visita". Ontem, diante da repercussão negativa, baixou os custos para R$ 25 mil -o mesmo valor da construção de uma sala de aula nova, segundo o próprio governo de Goiás.
FHC não fez promessas, mas disse que está "tomando as medidas necessárias para que a população de Águas Lindas se sinta mais cômoda".
O presidente afirmou ainda que considera o município "símbolo desse Brasil que cresce de repente e que, de repente, coloca a demanda sobre as administrações numa proporção que se diz: "Não vai dar".
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