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05/06/2007 - 09h35

"Ninguém agüenta mais" a invasão na USP, diz Serra

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da Folha de S.Paulo

O governador José Serra (PSDB) disse ontem que "ninguém agüenta mais" a invasão do prédio da reitoria da USP por estudantes da instituição, que hoje entra no 33º dia. Para ele, a invasão representa apenas o desejo de uma minoria que procura "encrenca".

"Ninguém agüenta mais aquilo [invasão], nem os próprios estudantes. Está muito claro que é uma minoria lá concentrada querendo armar alguma encrenca. Esse é o único propósito que existe", disse.

O tucano, porém, não quis dar mais detalhes a respeito da declaração nem falar se a Polícia Militar irá cumprir a ordem de reintegração de posse da reitoria, concedida em 16 de maio.

A declaração foi dada pelo governador após os jornalistas insistirem na pergunta durante o evento Novas Fronteiras do Etanol, organizado pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), ontem à tarde em São Paulo. Pela manhã, em outro evento, ele se recusou a falar sobre a crise na USP.

Na quinta-feira da semana passada, Serra publicou um decreto no qual diz que está assegurada a autonomia das universidades --numa tentativa de pôr fim à invasão e à greve parcial nas universidades públicas paulistas. A medida foi bem recebida por membros da academia antes críticos ao governo e pelos estudantes. Mesmo assim, os estudantes mantiveram a invasão, e funcionários e professores, a greve parcial.

Ontem um grupo de 20 alunos e seis servidores da USP se reuniu pela 11ª vez com a reitora Suely Vilela para discutir o fim da invasão. A reunião começou por volta das 15h30 e terminou por volta das 20h. Segundo os participantes, mais uma vez não houve acordo.

À tarde, em assembléia que reuniu 161 pessoas, segundo a assessoria da Adusp (associação dos docentes), os professores decidiram pela manutenção da greve parcial, mas aprovaram o indicativo do fim da manifestação, que será discutido em nova assembléia, marcada para segunda-feira. A USP tem 5.222 professores.

Antes disso, amanhã, essa decisão será discutida no Fórum das Seis para aprovação ou não. "É um movimento conjunto de professores, alunos e funcionários. Não é só de professores. Precisa manter uma certa unidade nesta história", disse Francisco Miraglia, vice-presidente da Adusp.

"Acho que o movimento teve uma repercussão boa. Teve vitórias significativas, mas acho que está na hora de suspender. Então, vamos discutir isso com outros setores", completou ele.

Dois dos pontos considerados por ele como vitória são a publicação do decreto declaratório feito pelo governador e o reajuste de 3,37%, oferecido aos professores e funcionários. A categoria pede 3,15% incorporação de R$ 200 ao salário.

Também ontem pela manhã os servidores da USP fizeram uma assembléia em que foi aprovada a manutenção da greve e da invasão à reitoria. Segundo o Sindusp (sindicato dos servidores), participaram cerca de 500 pessoas e o fim da greve nem sequer foi colocado em discussão porque, segundo a entidade, as reivindicações não estão sendo atendidas.

 

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