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19/03/2001
-
17h33
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) anunciou hoje a mudança do critério de distribuição de notas do provão.
A instituição, ligada ao MEC, anunciou que vai deixar de lado distribuição de porcentuais fixas entre os conceitos A, B, C, D e E (do melhor ao pior) atribuídos aos cursos. A partir deste ano, as notas serão calculadas tomando como base a média geral entre todos os cursos.
Por exemplo: pelo critério anterior, um curso precisava estar entre os 12% melhores para receber A, sem que importasse o valor absoluto da nota que obteve.
A partir de agora, para receber o A, o curso precisará ter sua nota um determinado número de pontos acima da média.
Esse número é calculado estatisticamente por meio do desvio padrão, que indica o quanto as notas se afastam da média em determinado grupo de cursos.
Na prática, em disciplinas com um número maior de cursos concetrados entre os melhores, é provável que a porcentagem de notas A aumente. O inverso também ocorre: quando a maioria dos cursos de uma disciplina for muito ruim, a tendência é que o número de notas D e E seja maior do que A e B.
As notas serão atribuídas da seguinte forma:
E: cursos com a nota igual ou menor à média geral menos o desvio padrão
D: cursos com a nota igual ou menor à média geral menos meio desvio padrão
C: cursos com a nota entre a média geral menos meio desvio padrão e a média geral somada a meio desvio padrão
B: cursos com a nota igual ou maior à média geral somada a meio desvio padrão
A: cursos com a nota igual ou maior à média geral somada a um desvio padrão
Reivindicação
O fim da distribuição de notas com base na curva de Gauss (porcentagens fixas) é uma reivindicação antiga de movimentos estudantis e das próprias universidades, que a consideravam injusta.
Em comunicado divulgado hoje, no entanto, o Inep nega que o motivo da alteração tenha sido a pressão por parte de estudantes de faculdades.
"O Inep entendia que o critério adotado, que estabelece percentis fixos para a atribuição de conceitos, deveria ser aplicado durante um certo período, para que, a partir de constantes estudos, pudesse ser estabelecida nova forma que permitisse captar com mais nitidez a evolução dos cursos. (...) A mudança só foi possível porque havia uma série histórica da avaliação dos cursos de graduação", informa o documento.
MEC abandona porcentagens fixas na atribuição de notas do provão
da Folha OnlineO Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) anunciou hoje a mudança do critério de distribuição de notas do provão.
A instituição, ligada ao MEC, anunciou que vai deixar de lado distribuição de porcentuais fixas entre os conceitos A, B, C, D e E (do melhor ao pior) atribuídos aos cursos. A partir deste ano, as notas serão calculadas tomando como base a média geral entre todos os cursos.
Por exemplo: pelo critério anterior, um curso precisava estar entre os 12% melhores para receber A, sem que importasse o valor absoluto da nota que obteve.
A partir de agora, para receber o A, o curso precisará ter sua nota um determinado número de pontos acima da média.
Esse número é calculado estatisticamente por meio do desvio padrão, que indica o quanto as notas se afastam da média em determinado grupo de cursos.
Na prática, em disciplinas com um número maior de cursos concetrados entre os melhores, é provável que a porcentagem de notas A aumente. O inverso também ocorre: quando a maioria dos cursos de uma disciplina for muito ruim, a tendência é que o número de notas D e E seja maior do que A e B.
As notas serão atribuídas da seguinte forma:
E: cursos com a nota igual ou menor à média geral menos o desvio padrão
D: cursos com a nota igual ou menor à média geral menos meio desvio padrão
C: cursos com a nota entre a média geral menos meio desvio padrão e a média geral somada a meio desvio padrão
B: cursos com a nota igual ou maior à média geral somada a meio desvio padrão
A: cursos com a nota igual ou maior à média geral somada a um desvio padrão
Reivindicação
O fim da distribuição de notas com base na curva de Gauss (porcentagens fixas) é uma reivindicação antiga de movimentos estudantis e das próprias universidades, que a consideravam injusta.
Em comunicado divulgado hoje, no entanto, o Inep nega que o motivo da alteração tenha sido a pressão por parte de estudantes de faculdades.
"O Inep entendia que o critério adotado, que estabelece percentis fixos para a atribuição de conceitos, deveria ser aplicado durante um certo período, para que, a partir de constantes estudos, pudesse ser estabelecida nova forma que permitisse captar com mais nitidez a evolução dos cursos. (...) A mudança só foi possível porque havia uma série histórica da avaliação dos cursos de graduação", informa o documento.
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