Última etapa da Fuvest começa neste domingo

Angústia ou tranqüilidade: independentemente do sentimento que desperta, a segunda fase da Fuvest é com certeza um momento de ansiedade para todos os vestibulandos. A partir deste domingo, dia 6, mais de 37 mil candidatos estarão reunidos com um objetivo único, o de serem aprovados no principal vestibular do país. Serão cinco dias de exames.

No primeiro, os candidatos fazem a prova de língua portuguesa, que é comum a todos os cursos. Os exames das outras disciplinas variam de acordo com a carreira. No dia 7, a prova é de história ou química; geografia ou biologia é no dia 8. Física acontece no dia 9, e o vestibular termina no dia 10, com o exame de matemática.

Para aflitos ou serenos, a recomendação de professores é fazer a prova com afinco e tirar da cabeça, pelo menos durante o exame, o número de pontos obtidos na primeira fase.

"Todo mundo que está na lista da segunda fase significa que foi bem no vestibular", afirma Alberto Francisco do Nascimento, coordenador de vestibular do Anglo. Na primeira fase, 140.999 pessoas haviam se inscrito no vestibular.

"Claro que o candidato com mais pontos na primeira fase teoricamente está na frente, mas, como o que vale é a soma de pontos das duas etapas, pode ocorrer de aquele com nota maior ficar de fora", diz. Portanto, "faça a prova com capricho e nada de desanimar se tiver ficado apenas alguns pontos acima da nota de corte".

Carlos Eduardo Bindi, coordenador do cursinho Etapa, ressalta que a dedicação deve ser muito intensa no caso daqueles com pontuação menor.

"Quem está no bloco da frente tem motivos para ficar mais tranqüilo, mas também não pode relaxar nesta etapa decisiva", afirma Bindi. "Com menos matérias na segunda fase, o vestibulando pode aproveitar os poucos dias que antecedem as provas para focar nos assuntos com mais dificuldade."

Disputa

Gustavo Mercadante Frigori, 17, tem uma disputa acirrada pela frente. Candidato à carreira de administração, ele enfrenta outros 669 convocados para a segunda fase para preencher as 210 vagas do curso. Com 62 pontos na primeira fase, somente dois acima da nota de corte, Gustavo afirma estar sossegado. "Tenho estudado mais matemática, que é a matéria em que tenho mais dificuldade."

Os candidatos concorrem a 10.302 vagas na USP, a cem na Santa Casa de São Paulo e a 150 na Academia de Polícia Militar do Barro Branco. Dos convocados, 34.338 têm o ensino médio completo --o restante é formado por treineiros.