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20/04/2001
-
17h00
da Folha Online
As diferenças dos conteúdos cobrados pelos vestibulares das três universidades públicas de São Paulo (USP, Unesp e Unicamp) estão dando trabalho aos professores responsáveis pelo projeto de unificação dos concursos.
Segundo o pró-reitor de graduação da Unicamp, Angelo Cortelazzo, os três vestibulares devem entrar em acordo sobre a unificação dos programas neste ano, mas a conclusão dos trabalhos de unificação deve ocorrer só depois de 2003.
"As universidades precisam trabalhar isoladamente para tomar decisões internas, e o processo é lento", disse.
Cortelazzo afirma que USP, Unesp e Unicamp já entraram em acordo sobre "uma linha mestra" para definir o conteúdo das provas, mas ainda há trabalho a ser feito. "Todas as três cobram os conteúdos do ensino médio, mas há diferenças", diz.
A reunião da comissão que deve definir a unificação dos programas ocorre dentro de quatro meses.
Enem
Segundo o pró-reitor, as universidades já avançaram na questão da unificação ao entrarem em acordo para um critério único de isenção de taxas e para uma forma única de aproveitar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Para Cortelazzo o exame do governo federal poderá ser útil no futuro, como um instrumento para democratizar o acesso à universidade gratuita.
Ele diz que o Enem pode ajudar a levar mais alunos de escola pública para a universidade pública mas, por enquanto, alterou muito pouco o perfil dos alunos que entram na Unicamp.
"Os alunos costumam se sair melhor no Enem do que na Unicamp, mas essas notas tem uma correlação", diz.
O professor afirma que isso se deve ao fato de que a primeira fase da Unicamp, apesar de ser uma prova discursiva, tem semelhanças com o Enem porque dá prioridade às chamadas "habilidades e competências", com questões de raciocínio e interpretação de textos, em detrimento da cobrança de conhecimentos memorizados.
Cortelazzo acredita que no vestibular deste ano a interferência do Enem no perfil dos alunos selecionados será maior, já que a isenção de inscrições para alunos da rede pública deve fazer com que mais pessoas participem da prova.
Um sinal de que os três vestibulares estão convergindo é a disposição mostrada pela USP em usar as diretrizes do Enem no vestibular da Fuvest, anunciada na semana passada pela pró-reitora de graduação da universidade Ada Pelegrinni Grinover.
Unificação de vestibulares em SP deve sair só depois de 2003
RAFAEL GARCIAda Folha Online
As diferenças dos conteúdos cobrados pelos vestibulares das três universidades públicas de São Paulo (USP, Unesp e Unicamp) estão dando trabalho aos professores responsáveis pelo projeto de unificação dos concursos.
Segundo o pró-reitor de graduação da Unicamp, Angelo Cortelazzo, os três vestibulares devem entrar em acordo sobre a unificação dos programas neste ano, mas a conclusão dos trabalhos de unificação deve ocorrer só depois de 2003.
"As universidades precisam trabalhar isoladamente para tomar decisões internas, e o processo é lento", disse.
Cortelazzo afirma que USP, Unesp e Unicamp já entraram em acordo sobre "uma linha mestra" para definir o conteúdo das provas, mas ainda há trabalho a ser feito. "Todas as três cobram os conteúdos do ensino médio, mas há diferenças", diz.
A reunião da comissão que deve definir a unificação dos programas ocorre dentro de quatro meses.
Enem
Segundo o pró-reitor, as universidades já avançaram na questão da unificação ao entrarem em acordo para um critério único de isenção de taxas e para uma forma única de aproveitar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Para Cortelazzo o exame do governo federal poderá ser útil no futuro, como um instrumento para democratizar o acesso à universidade gratuita.
Ele diz que o Enem pode ajudar a levar mais alunos de escola pública para a universidade pública mas, por enquanto, alterou muito pouco o perfil dos alunos que entram na Unicamp.
"Os alunos costumam se sair melhor no Enem do que na Unicamp, mas essas notas tem uma correlação", diz.
O professor afirma que isso se deve ao fato de que a primeira fase da Unicamp, apesar de ser uma prova discursiva, tem semelhanças com o Enem porque dá prioridade às chamadas "habilidades e competências", com questões de raciocínio e interpretação de textos, em detrimento da cobrança de conhecimentos memorizados.
Cortelazzo acredita que no vestibular deste ano a interferência do Enem no perfil dos alunos selecionados será maior, já que a isenção de inscrições para alunos da rede pública deve fazer com que mais pessoas participem da prova.
Um sinal de que os três vestibulares estão convergindo é a disposição mostrada pela USP em usar as diretrizes do Enem no vestibular da Fuvest, anunciada na semana passada pela pró-reitora de graduação da universidade Ada Pelegrinni Grinover.
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