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06/06/2001 - 22h31

Provão deste ano pode colocar mais 178 cursos na malha fina

ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo

O provão deste domingo será ainda mais tenso para 178 dos cerca de 4.200 cursos avaliados. Em caso de um conceito D ou E neste exame, eles terão que passar pelo processo de renovação do reconhecimento do MEC. Estão nessa situação cursos que tiraram esses conceitos nos últimos exames.

Três conceitos ruins consecutivos no provão levam os cursos a esse processo. No caso de letras e matemática, bastam dois.

Diretores de faculdades ouvidos pela Folha afirmam que a principal estratégia para que a instituição não passe pelo processo - que, em tese, pode levar ao fechamento do curso - é conscientizar os alunos.

Há, no entanto, quem esteja fazendo simulados do provão e até quem reclame que a possibilidade de entregar a prova em branco virou um instrumento de chantagem dos alunos.

"Tem aluno que chega para a direção e diz que, se não conseguir a liberação para alguma disciplina, vai entregar a prova em branco", diz o diretor do curso de direito da Universidade Cruzeiro do Sul, Ebenezer Soares, que ressalta que a instituição não cede a nenhuma chantagem.

Soares afirma que tenta também convencer os formandos a fazer a prova com responsabilidade para não prejudicar os estudantes que necessitam de financiamento público da mensalidade. Cursos com conceito baixo no provão não participam do programa do MEC de financiamento.

Na Faculdade de Engenharia de São José do Rio Preto, o diretor do curso de engenharia civil, Pedro Zacarin, afirma que, além do trabalho de conscientização, estão sendo feitos simulados do provão para testar os alunos.

No curso de direito da Universidade Ibirapuera, em São Paulo, há aulas práticas aos sábados em que, entre outros temas, são discutidas questões do provão.

A maioria dos cursos na berlinda são de economia (25), administração (16) ou direito (14). O provão é um instrumento do MEC para avaliar os cursos universitários. Cerca de 270 mil formandos de 20 áreas farão a prova.

Desde 1996, quando ocorreu a primeira prova, nenhuma instituição teve que fechar por causa de má avaliação. O MEC chegou a defender o fechamento de pelo menos uma delas - a Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro - , mas o Conselho Nacional de Educação, contrariando decisão do ministro Paulo Renato Souza, deu novo prazo para que a instituição melhorasse.

Saiba mais sobre o provão
 

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