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10/06/2001
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22h32
O modelo de avaliação usado no provão de pedagogia força os elaboradores do exame a criarem questões que induzem ao erro.
A opinião é do professor Vladimir dos Santos, pesquisador da PUC-SP e da Universidade de Sorocaba, que comentou o exame a convite da Folha Online.
"Como o provão tem a finalidade de classificar os examinados, os elaboradores das questões devem estar atentos aos índices de dificuldade e facilidade e 'poder discriminador'", disse. "Isso leva o elaborador das questões a induzir a erros." Para Santos, o provão seria uma boa prova apenas no caso de um vestibular ou um concurso.
Segundo o professor, algumas das questões eram específicas demais para alunos de graduação e outras sobre assuntos que não abrangem todos os cursos de pedagogia. "Como não há uma espécie de 'programa comum', de âmbito nacional [e não deve haver], há assuntos tratados apenas em alguns locais e outros." Santos mencionou como exemplo disso as questões envolvendo conceito de inteligências múltiplas de Gardener, nas questões 17 e 18.
Santos também questiona a clareza da prova. "Há questões relativamente simples, cujas alternativas são redigidas de forma tão ambígua, que fica difícil escolher uma alternativa como correta", diz.
Além do conteúdo, o modelo de avaliação do provão foi alvo de críticas, não apenas para pedagogia. "O provão, por ser preparado para fins classificatórios, mede apenas desempenho e não aprendizagem", diz.
Para o professor, os resultados dos desempenhos dos alunos não podem ser usados "como se fossem indicadores de aprendizagens que, depois, se transformam em médias que espelhariam a qualidade do ensino ministrado nas instituições de ensino".
Saiba mais sobre o provão
Provão de pedagogia induz a erros, diz professor
da Folha OnlineO modelo de avaliação usado no provão de pedagogia força os elaboradores do exame a criarem questões que induzem ao erro.
A opinião é do professor Vladimir dos Santos, pesquisador da PUC-SP e da Universidade de Sorocaba, que comentou o exame a convite da Folha Online.
"Como o provão tem a finalidade de classificar os examinados, os elaboradores das questões devem estar atentos aos índices de dificuldade e facilidade e 'poder discriminador'", disse. "Isso leva o elaborador das questões a induzir a erros." Para Santos, o provão seria uma boa prova apenas no caso de um vestibular ou um concurso.
Segundo o professor, algumas das questões eram específicas demais para alunos de graduação e outras sobre assuntos que não abrangem todos os cursos de pedagogia. "Como não há uma espécie de 'programa comum', de âmbito nacional [e não deve haver], há assuntos tratados apenas em alguns locais e outros." Santos mencionou como exemplo disso as questões envolvendo conceito de inteligências múltiplas de Gardener, nas questões 17 e 18.
Santos também questiona a clareza da prova. "Há questões relativamente simples, cujas alternativas são redigidas de forma tão ambígua, que fica difícil escolher uma alternativa como correta", diz.
Além do conteúdo, o modelo de avaliação do provão foi alvo de críticas, não apenas para pedagogia. "O provão, por ser preparado para fins classificatórios, mede apenas desempenho e não aprendizagem", diz.
Para o professor, os resultados dos desempenhos dos alunos não podem ser usados "como se fossem indicadores de aprendizagens que, depois, se transformam em médias que espelhariam a qualidade do ensino ministrado nas instituições de ensino".
Saiba mais sobre o provão
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