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Matéria muda em 11 dos 15 cursos mais disputados da Fuvest
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RAFAEL SAMPAIO
da Folha de S.Paulo
Dos 15 cursos mais concorridos na Fuvest no ano passado, 11 vão mudar as disciplinas cobradas em questões mais aprofundadas da segunda fase.
Oito cursos são de humanas --direito, relações públicas, audiovisual, arquitetura (em São Paulo e São Carlos), design, artes cênicas e publicidade, este último o que mais teve candidatos por vaga na última edição do exame. Os outros três são de biológicas, incluindo medicina.
As mudanças vão afetar apenas o terceiro dia da segunda fase, que, com o novo formato da Fuvest, cobrará 12 questões de conteúdo mais aprofundado em até três disciplinas, definidas pelos próprios cursos.
As maiores surpresas são medicina (quarto curso mais disputado do vestibular), que passará a adotar geografia no lugar de física, e direito, que vai incorporar matemática às outras disciplinas cobradas --história e geografia.
"Como muitos cursos, medicina decidiu cobrar uma matéria de cada área --exatas, biológicas e humanas. Como o aluno já responde a questões de todas as matérias na primeira fase [e no segundo dia da segunda fase], não deve ter muita dificuldade em se adaptar", diz Quirino Carmello, pró-reitor substituto de graduação da USP.
Alguns estudantes pensam diferente. Leonardo Justo, 19, que está tentando obter uma vaga em medicina pela terceira vez, está preocupado. Geografia nunca foi seu forte.
"A mudança foi brusca, porque saiu no fim de maio e a prova é em novembro. Acho que muita gente que se acostumou a estudar só as matérias específicas será reprovada no exame."
Desde que foram anunciadas as alterações, Leonardo passou a incluir mapas e jornais nos estudos, para se familiarizar com a nova disciplina cobrada. Além de geografia, o candidato vai responder a química e biologia na segunda fase do vestibular.
Menos mudanças
A área em que os cursos tiveram menos mudanças foi a de exatas. Na Escola Politécnica da USP, por exemplo, nenhum curso trocou as disciplinas cobradas em questões específicas da segunda fase.
"No geral, as mudanças da Fuvest vão causar estranheza nos candidatos. Mas, a médio prazo, vão levar os cursinhos e colégios a se adaptarem, e acredito que selecionarão alunos mais críticos", afirma Willian Saito, coordenador do cursinho do COC em São Paulo.
"Ainda bem que tenho facilidade com matemática, vai ser um diferencial", afirma Bruna Keller Ariza, 19, candidata a uma vaga em direito na USP.
Ela acredita que a mudança no vestibular é positiva. "Muitos cursos de humanas exigem algum conhecimento de exatas --para estudar economia, por exemplo. Chegar sem base nenhuma é ruim", diz ela.
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