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09/10/2001
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02h45
Mesmo com a efetivação de alguns pagamentos de funcionários de hospitais universitários que não estejam em greve e com a promessa de que a situação desses servidores será regularizada, a categoria diz que aumentará a paralisação nas instituições ligadas às universidades federais pelo país.
O comando unificado da greve da Universidade Federal do Amazonas decide hoje, em assembléia geral, se paralisa o atendimento no hospital e pronto-socorro Getúlio Vargas, além do ambulatório Araújo Lima. Juntas, as duas unidades atendem 11 mil pessoas por mês.
Nem mesmo o pagamento dos salários dos servidores das unidades de saúde (um total de 600 pessoas), anunciado para sair hoje, mudou a pauta da assembléia.
"O agendamento das novas consultas está cancelado, e vamos discutir a paralisação das unidades como forma de pressionar o governo a aceitar nossas reivindicações", disse Sebastião Cabral, do comando de greve.
Os servidores em greve da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) realizaram ontem duas manifestações em Recife contra o não-pagamento de seus salários de setembro.
Segundo o comando de greve, cerca de 300 pessoas participaram dos atos. Divididos em dois grupos, os manifestantes bloquearam pela manhã as entradas do campus e protestaram em frente à reitoria. A polícia não interveio. Não houve confronto.
De acordo com a coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco, Kátia Telles, os servidores decidiram manter o movimento, inclusive no Hospital das Clínicas, da UFPE.
Os funcionários do hospital receberam seus salários na sexta-feira passada, mas apenas os serviços essenciais estão sendo mantidos, disse Telles.
O Ministério Público Federal no Paraná determinou que a reitoria da UFPR (Universidade Federal do Paraná) comece a pagar hoje o salário dos servidores do Hospital de Clínicas de Curitiba. A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão foi informada ontem pela universidade que o pagamento dos 2.050 servidores do hospital será feito a partir de hoje e concluído até quinta-feira.
Com isso, o procurador da República Fernando José Araújo Ferreira enviou ofício ao sindicato dos servidores do HC informando que, após o pagamento, se a categoria não retornar ao trabalho, estará sujeita a multas diárias e a medidas judiciais.
Em assembléia realizada ontem pela manhã, os servidores decidiram manter a greve, iniciada na quarta-feira, quando o atendimento ao público foi totalmente suspenso no HC.
Médicos e servidores da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, mantida pela Universidade Federal do Ceará, também ameaçam parar de trabalhar se os salários do mês de setembro não forem pagos até hoje.
Paulo Renato
"Temos mais de 20 instituições que estão pagando os hospitais hoje [ontem]", disse o ministro da Educação, Paulo Renato Souza. Para ele, a situação deve se normalizar hoje. "Os hospitais estavam normais. O problema é que os reitores não nos informavam quem eram os funcionários que haviam trabalhado; então invertemos o processo: mandamos o dinheiro relativo aos hospitais para que os reitores paguem", disse.
Leia mais notícias da greve no ensino
Pagamento não deve diminuir greve nas universidades federais
da Folha de S.PauloMesmo com a efetivação de alguns pagamentos de funcionários de hospitais universitários que não estejam em greve e com a promessa de que a situação desses servidores será regularizada, a categoria diz que aumentará a paralisação nas instituições ligadas às universidades federais pelo país.
O comando unificado da greve da Universidade Federal do Amazonas decide hoje, em assembléia geral, se paralisa o atendimento no hospital e pronto-socorro Getúlio Vargas, além do ambulatório Araújo Lima. Juntas, as duas unidades atendem 11 mil pessoas por mês.
Nem mesmo o pagamento dos salários dos servidores das unidades de saúde (um total de 600 pessoas), anunciado para sair hoje, mudou a pauta da assembléia.
"O agendamento das novas consultas está cancelado, e vamos discutir a paralisação das unidades como forma de pressionar o governo a aceitar nossas reivindicações", disse Sebastião Cabral, do comando de greve.
Os servidores em greve da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) realizaram ontem duas manifestações em Recife contra o não-pagamento de seus salários de setembro.
Segundo o comando de greve, cerca de 300 pessoas participaram dos atos. Divididos em dois grupos, os manifestantes bloquearam pela manhã as entradas do campus e protestaram em frente à reitoria. A polícia não interveio. Não houve confronto.
De acordo com a coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco, Kátia Telles, os servidores decidiram manter o movimento, inclusive no Hospital das Clínicas, da UFPE.
Os funcionários do hospital receberam seus salários na sexta-feira passada, mas apenas os serviços essenciais estão sendo mantidos, disse Telles.
O Ministério Público Federal no Paraná determinou que a reitoria da UFPR (Universidade Federal do Paraná) comece a pagar hoje o salário dos servidores do Hospital de Clínicas de Curitiba. A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão foi informada ontem pela universidade que o pagamento dos 2.050 servidores do hospital será feito a partir de hoje e concluído até quinta-feira.
Com isso, o procurador da República Fernando José Araújo Ferreira enviou ofício ao sindicato dos servidores do HC informando que, após o pagamento, se a categoria não retornar ao trabalho, estará sujeita a multas diárias e a medidas judiciais.
Em assembléia realizada ontem pela manhã, os servidores decidiram manter a greve, iniciada na quarta-feira, quando o atendimento ao público foi totalmente suspenso no HC.
Médicos e servidores da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, mantida pela Universidade Federal do Ceará, também ameaçam parar de trabalhar se os salários do mês de setembro não forem pagos até hoje.
Paulo Renato
"Temos mais de 20 instituições que estão pagando os hospitais hoje [ontem]", disse o ministro da Educação, Paulo Renato Souza. Para ele, a situação deve se normalizar hoje. "Os hospitais estavam normais. O problema é que os reitores não nos informavam quem eram os funcionários que haviam trabalhado; então invertemos o processo: mandamos o dinheiro relativo aos hospitais para que os reitores paguem", disse.
Leia mais notícias da greve no ensino
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