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17/10/2001
-
20h01
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A reitoria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a maior instituição federal de ensino superior do Estado, anunciou hoje que adiou, em decorrência da greve, o envio, pelo correio, dos comprovantes de inscrição aos quase 90 mil candidatos que participarão do vestibular da entidade.
Mesmo adiando a entrega dos comprovantes, o cronograma do vestibular, até o momento, fica mantido, segundo a reitoria. As provas estão marcadas para os dias 8 e 9 de dezembro.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que aproximadamente 300 professores, servidores e alunos realizaram ato de protesto em frente à reitoria exigindo que a instituição apóie a decisão dos grevistas de adiar o vestibular da universidade _forma encontrada pelo movimento para pressionar o governo federal a ceder nas negociações.
Os manifestantes entregaram ao reitor Francisco César de Sá Barreto um documento com nomes de professores e funcionários que teriam decidido boicotar a elaboração do processo seletivo enquanto a greve continuar.
O objetivo é forçá-lo a convocar o conselho e oficializar a decisão de adiar o vestibular. Além disso, os grevistas lacraram com cadeados os setores da universidade onde são feitos os preparativos para as provas.
A reitoria da UFMG afirma que não vai terceirizar o processo seletivo e que ele não tem condições de ser realizado com a greve, mas ressalta que ainda há prazo para manter as datas previstas caso o movimento não se estenda por muito tempo.
"Se a greve continuar, vai chegar uma hora em que não haverá mais jeito", disse o coordenador da Comissão Permanente do Vestibular da UFMG, José Guilherme Moreira.
A paralisação dos servidores foi iniciada em 25 de julho e a dos professores em 22 de agosto. Os 90 mil candidatos inscritos para o processo seletivo vão disputar 4.362 vagas.
O adiamento do vestibular já foi aprovado em assembléia geral de professores em 32 das 52 universidades federais do país, de acordo com a Andes (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior).
Essa decisão já foi referendada pelo conselho superior da universidade, uma instância administrativa, em pelo menos seis instituições: duas federais do Rio de Janeiro, em Goiás, Uberlândia, Pará e Ouro Preto.
Em Minas, Estado que concentra o maior número de instituições federais de ensino superior do país, 12, em um total de 52, há pressão das associações de docentes e servidores para cancelar o vestibular na maioria delas, mas os conselhos universitários ainda não discutiram o assunto.
As reitorias afirmam que aguardam o fim da greve para deliberar sobre a viabilidade da manutenção das datas dos vestibulares, a maioria marcada para o final do ano.
Leia mais notícias da greve no ensino
UFMG adia envio de comprovante da inscrição no vestibular
RANIER BRAGONda Agência Folha, em Belo Horizonte
A reitoria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a maior instituição federal de ensino superior do Estado, anunciou hoje que adiou, em decorrência da greve, o envio, pelo correio, dos comprovantes de inscrição aos quase 90 mil candidatos que participarão do vestibular da entidade.
Mesmo adiando a entrega dos comprovantes, o cronograma do vestibular, até o momento, fica mantido, segundo a reitoria. As provas estão marcadas para os dias 8 e 9 de dezembro.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que aproximadamente 300 professores, servidores e alunos realizaram ato de protesto em frente à reitoria exigindo que a instituição apóie a decisão dos grevistas de adiar o vestibular da universidade _forma encontrada pelo movimento para pressionar o governo federal a ceder nas negociações.
Os manifestantes entregaram ao reitor Francisco César de Sá Barreto um documento com nomes de professores e funcionários que teriam decidido boicotar a elaboração do processo seletivo enquanto a greve continuar.
O objetivo é forçá-lo a convocar o conselho e oficializar a decisão de adiar o vestibular. Além disso, os grevistas lacraram com cadeados os setores da universidade onde são feitos os preparativos para as provas.
A reitoria da UFMG afirma que não vai terceirizar o processo seletivo e que ele não tem condições de ser realizado com a greve, mas ressalta que ainda há prazo para manter as datas previstas caso o movimento não se estenda por muito tempo.
"Se a greve continuar, vai chegar uma hora em que não haverá mais jeito", disse o coordenador da Comissão Permanente do Vestibular da UFMG, José Guilherme Moreira.
A paralisação dos servidores foi iniciada em 25 de julho e a dos professores em 22 de agosto. Os 90 mil candidatos inscritos para o processo seletivo vão disputar 4.362 vagas.
O adiamento do vestibular já foi aprovado em assembléia geral de professores em 32 das 52 universidades federais do país, de acordo com a Andes (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior).
Essa decisão já foi referendada pelo conselho superior da universidade, uma instância administrativa, em pelo menos seis instituições: duas federais do Rio de Janeiro, em Goiás, Uberlândia, Pará e Ouro Preto.
Em Minas, Estado que concentra o maior número de instituições federais de ensino superior do país, 12, em um total de 52, há pressão das associações de docentes e servidores para cancelar o vestibular na maioria delas, mas os conselhos universitários ainda não discutiram o assunto.
As reitorias afirmam que aguardam o fim da greve para deliberar sobre a viabilidade da manutenção das datas dos vestibulares, a maioria marcada para o final do ano.
Leia mais notícias da greve no ensino
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