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23/10/2001
-
21h02
da Folha de S.Paulo, no Rio
Os pais de alunos das duas únicas escolas federais do Rio, em greve há mais de dois meses como as universidades, estão tendo de se desdobrar para lidar com os transtornos causados pela paralisação das aulas. O estresse causado nos filhos é a maior preocupação.
A greve no CAP (Colégio de Aplicação da UFRJ) e no Colégio Pedro 2º atinge cerca de 20 mil alunos do ensino médio e fundamental. Desses, mais de 700 vão prestar vestibular neste ano.
Julia Ocampo Lyra da Silva, 18, vai prestar para medicina em cinco universidades. Ela considera legítimo o movimento de paralisação dos professores e lamenta a "falta de sensibilidade" do governo. No entanto, avalia que seu desempenho será prejudicado. "Desestruturou todo o meu planejamento, meu ritmo de trabalho."
O médico João Lyra da Silva, pai de Julia, está preocupado com o estado emocional da filha. "Essa situação a coloca de forma precoce em contato com o estresse", afirma Silva.
A bancária Isa Maria Ribeiro Alves, 44, não sabe mais o que fazer para ocupar o filho Rafael, 11. "Ele fica na televisão e no videogame", afirma.
"Os motivos da greve são muito justos, o problema é que fica uma situação insustentável dentro de casa", disse Isa.
A solução encontrada por Sueli Ferreira Vaz, 50, mãe de Felipe, 17, foi colocá-lo em um curso de computação. Felipe está cursando o 2º ano do ensino médio no colégio Pedro 2º do Engenho Novo (zona norte do Rio).
Leia mais notícias da greve no ensino
Pais tentam reduzir estresse gerado pela paralisação das aulas
DANIELA MENDESda Folha de S.Paulo, no Rio
Os pais de alunos das duas únicas escolas federais do Rio, em greve há mais de dois meses como as universidades, estão tendo de se desdobrar para lidar com os transtornos causados pela paralisação das aulas. O estresse causado nos filhos é a maior preocupação.
A greve no CAP (Colégio de Aplicação da UFRJ) e no Colégio Pedro 2º atinge cerca de 20 mil alunos do ensino médio e fundamental. Desses, mais de 700 vão prestar vestibular neste ano.
Julia Ocampo Lyra da Silva, 18, vai prestar para medicina em cinco universidades. Ela considera legítimo o movimento de paralisação dos professores e lamenta a "falta de sensibilidade" do governo. No entanto, avalia que seu desempenho será prejudicado. "Desestruturou todo o meu planejamento, meu ritmo de trabalho."
O médico João Lyra da Silva, pai de Julia, está preocupado com o estado emocional da filha. "Essa situação a coloca de forma precoce em contato com o estresse", afirma Silva.
A bancária Isa Maria Ribeiro Alves, 44, não sabe mais o que fazer para ocupar o filho Rafael, 11. "Ele fica na televisão e no videogame", afirma.
"Os motivos da greve são muito justos, o problema é que fica uma situação insustentável dentro de casa", disse Isa.
A solução encontrada por Sueli Ferreira Vaz, 50, mãe de Felipe, 17, foi colocá-lo em um curso de computação. Felipe está cursando o 2º ano do ensino médio no colégio Pedro 2º do Engenho Novo (zona norte do Rio).
Leia mais notícias da greve no ensino
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