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09/12/2009 - 08h43

Dirigente que ameaçou fechar escola "top" de SP é afastada

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TAI NALON
colaboração para a Folha

A dirigente de ensino da região centro-oeste de São Paulo, Walkyria Cattani Ivanaskas, foi afastada na última sexta-feira (4) de seu cargo.

Ela foi responsabilizada pelo secretário da Educação, Paulo Renato Souza, pelas ameaças de fechamento da escola estadual Alberto Torres, localizada no Butantã e melhor instituição de ensino médio no Saresp 2008 (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). Segundo o secretário, a escola vai funcionar em 2010.

A decisão foi publicada na edição do dia 4 do "Diário Oficial", dois dias depois de reportagem da Folha ter revelado que a diretoria de ensino da região e a vice-diretora da escola anunciaram em outubro o encerramento das atividades. Na reunião, também foram distribuídos aos familiares formulários para que escolhessem três escolas da região para as quais gostariam de transferir seus filhos a partir do ano que vem.

Desde então, funcionários, pais e estudantes começaram a se mobilizar para impedir o fim da escola e entraram com um pedido no Ministério Público e no Conselho Tutelar do Butantã (zona oeste) para que acompanhassem o caso.

A justificativa apresentada pelo Estado na ocasião era a baixa demanda de estudantes. Hoje, há 178 alunos matriculados na escola, conforme informou a Cogesp (órgão que administra as escolas estaduais da região metropolitana).

Procurada pela reportagem, Ivanaskas não quis comentar a demissão, mas disse que continuará na Diretoria Centro-Oeste, agora no cargo de supervisora de ensino da região. Seu substituto ainda não foi indicado oficialmente.

Para funcionários, pais e alunos da Alberto Torres, o trabalho de recuperação da escola ainda não terminou. Eles criaram um grupo para melhorar a reputação do colégio, segundo eles prejudicada por conta de seguidas tentativas de desativação. O objetivo é atrair alunos e ampliar o número de turmas no estabelecimento.

"As diretoras das escolas de [ensino] fundamental 1 da região já não mandam mais suas turmas para a Alberto Torres porque, segundo elas, a escola está falida", comentou Iroan Tadeu Porto de Lima, professor de filosofia.

O colégio fica numa região nobre de São Paulo, ao lado do Instituto Butantan e próximo à futura estação Butantã do metrô, cuja inauguração é prevista para 2010.

Foi inaugurada em 1932 como uma escola agrícola e foi idealizada por Vital Brazil para abrigar filhos de funcionários da instituição de pesquisa. Hoje, abriga sete turmas de ensino fundamental e médio.

 

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