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05/11/2001
-
19h35
Free-lance para a Folha Ribeirão
A greve da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) já deu um prejuízo de R$ 500 mil para os comerciantes do município e fez com que alguns empresários demitissem funcionários. A informação é da ACI (Associação Comercial e Industrial).
Os servidores ficaram em greve por 104 dias e voltaram ao trabalho no último dia 29 de outubro depois de conseguirem fechar um acordo com o governo federal. Já os docentes, parados há 74 dias, continuam de braços cruzados.
De acordo com Cláudio Vismara, presidente da ACI de São Carlos, a ausência dos 6.800 alunos da universidade resulta num prejuízo mensal de 6% sobre o repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Desde o início da greve dos docentes, no dia 22 de agosto, até ontem, o município de São Carlos havia recebido R$ 8 milhões em repasses, segundo a Secretaria de Estado da Fazenda.
"Alguns setores do comércio vivem exclusivamente do movimento proporcionado pelos alunos", afirma Vismara.
A padaria Multipão, que fica a dois quarteirões do campus da UFSCar, registrou uma queda de 70% no seu movimento.
De acordo com Eduardo Mendonça, 25, antes da paralisação, a média de atendimentos era de 400 clientes por dia. "Agora, estamos às moscas e o movimento não chega a cem pessoas", disse.
Desde o início da greve até ontem, a Pão de Queijo de São Carlos demitiu quatro funcionários. A rede tem cinco unidades no município. Uma delas fica dentro do campus da UFSCar.
O gerente da empresa, João Luiz Borges, 41, disse que até o aluguel do imóvel está atrasado. "Antes da greve, servíamos uma média de 180 refeições por dia. Agora, não passa de 20", disse ele.
O hotel Ibis, que inaugurou recentemente uma unidade em São Carlos, está com a taxa de ocupação em 45%, dos 112 quartos disponíveis. Mesmo sem fazer projeções, a direção do hotel afirma que a procura poderia ser maior se a greve tivesse terminado. Outras unidades da Ibis mantêm taxa de ocupação em 80%.
Segundo a ACI, um levantamento a respeito da arrecadação só será feito em dezembro.
Vestibular
As datas do vestibular da UFSCar serão mantidas. O processo seletivo foi terceirizado e está sendo feito pela Vunesp (Fundação para o Vestibular da Unesp).
O único problema que os futuros calouros enfrentarão é o atraso no início das aulas. Em vez de março, o início do primeiro semestre deve ser em abril.
Leia mais notícias da greve no ensino
Associação comercial vê prejuízo com greve da UFSCar
CLAYTON FREITASFree-lance para a Folha Ribeirão
A greve da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) já deu um prejuízo de R$ 500 mil para os comerciantes do município e fez com que alguns empresários demitissem funcionários. A informação é da ACI (Associação Comercial e Industrial).
Os servidores ficaram em greve por 104 dias e voltaram ao trabalho no último dia 29 de outubro depois de conseguirem fechar um acordo com o governo federal. Já os docentes, parados há 74 dias, continuam de braços cruzados.
De acordo com Cláudio Vismara, presidente da ACI de São Carlos, a ausência dos 6.800 alunos da universidade resulta num prejuízo mensal de 6% sobre o repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Desde o início da greve dos docentes, no dia 22 de agosto, até ontem, o município de São Carlos havia recebido R$ 8 milhões em repasses, segundo a Secretaria de Estado da Fazenda.
"Alguns setores do comércio vivem exclusivamente do movimento proporcionado pelos alunos", afirma Vismara.
A padaria Multipão, que fica a dois quarteirões do campus da UFSCar, registrou uma queda de 70% no seu movimento.
De acordo com Eduardo Mendonça, 25, antes da paralisação, a média de atendimentos era de 400 clientes por dia. "Agora, estamos às moscas e o movimento não chega a cem pessoas", disse.
Desde o início da greve até ontem, a Pão de Queijo de São Carlos demitiu quatro funcionários. A rede tem cinco unidades no município. Uma delas fica dentro do campus da UFSCar.
O gerente da empresa, João Luiz Borges, 41, disse que até o aluguel do imóvel está atrasado. "Antes da greve, servíamos uma média de 180 refeições por dia. Agora, não passa de 20", disse ele.
O hotel Ibis, que inaugurou recentemente uma unidade em São Carlos, está com a taxa de ocupação em 45%, dos 112 quartos disponíveis. Mesmo sem fazer projeções, a direção do hotel afirma que a procura poderia ser maior se a greve tivesse terminado. Outras unidades da Ibis mantêm taxa de ocupação em 80%.
Segundo a ACI, um levantamento a respeito da arrecadação só será feito em dezembro.
Vestibular
As datas do vestibular da UFSCar serão mantidas. O processo seletivo foi terceirizado e está sendo feito pela Vunesp (Fundação para o Vestibular da Unesp).
O único problema que os futuros calouros enfrentarão é o atraso no início das aulas. Em vez de março, o início do primeiro semestre deve ser em abril.
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