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15/11/2001
-
16h56
Uma assembléia realizada na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) aprovou o fim da greve dos docentes e a volta ao trabalho no próximo dia 26, quando a paralisação completará 95 dias.
Dos docentes presentes, 42 votaram pela volta às aulas e 31 foram contra. A decisão mostra um racha no movimento grevista da cidade, mas ela pode ainda ser revertida em uma outra assembléia, que vai ratificar o retorno ao trabalho em 23 de novembro.
Segundo a Andes (Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior), a UFSCar é a primeira e a única federal a decidir pelo fim da greve. Ao todo, 52 instituições (incluindo a UFSCar) estão paradas desde 22 de agosto.
O presidente da Andes, Roberto Leher, pediu que os docentes de São Carlos analisassem melhor a situação. Segundo ele, a decisão não deverá influenciar outras universidades, onde só ocorreram fatos isolados de volta ao trabalho, sem decisão de assembléia.
O Ministério da Educação informou anteontem que seis departamentos da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e um da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) já retornaram ao trabalho e que a greve também estaria terminando em setores da UnB (Universidade de Brasília), da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e da UniRio.
O fim da greve na UFSCar ocorreu após duas decisões judiciais de anteontem. A Justiça Federal de Brasília determinou, em uma liminar, a volta imediata ao trabalho. E o STJ (Superior Tribunal de Justiça) deu prazo de 24 horas para o Ministério da Educação pagar os salários de outubro.
Dos 79 docentes presentes na assembléia, 42 votaram pela volta às aulas e 31 foram contra. Outros seis professores não votaram.
A decisão mostra uma divisão no movimento grevista da universidade. Até a penúltima assembléia, realizada na semana passada, o movimento que apoiava a paralisação se mantinha como maioria dentro da UFSCar.
"O descontentamento com a continuação da greve acontece porque não há avanço no que o comando nacional de greve pede e no que o governo federal está oferecendo", disse Paulo Antônio Silvani Caetano, 34, que apresentou a proposta da volta às aulas na assembléia de anteontem.
O Cepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) da UFSCar deverá se reunir na próxima sexta-feira para elaborar um calendário de reposição das aulas.
A previsão é que o segundo semestre só deverá ser concluído em abril do ano que vem.
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Colaboraram a Agência Folha, a Sucursal de Brasília e a Folha Online
Leia mais notícias da greve no ensino
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Saiba tudo sobre a greve na Federal de São Carlos
Em assembléia, professores da UFSCar aprovam fim da greve
da Folha RibeirãoUma assembléia realizada na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) aprovou o fim da greve dos docentes e a volta ao trabalho no próximo dia 26, quando a paralisação completará 95 dias.
Dos docentes presentes, 42 votaram pela volta às aulas e 31 foram contra. A decisão mostra um racha no movimento grevista da cidade, mas ela pode ainda ser revertida em uma outra assembléia, que vai ratificar o retorno ao trabalho em 23 de novembro.
Segundo a Andes (Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior), a UFSCar é a primeira e a única federal a decidir pelo fim da greve. Ao todo, 52 instituições (incluindo a UFSCar) estão paradas desde 22 de agosto.
O presidente da Andes, Roberto Leher, pediu que os docentes de São Carlos analisassem melhor a situação. Segundo ele, a decisão não deverá influenciar outras universidades, onde só ocorreram fatos isolados de volta ao trabalho, sem decisão de assembléia.
O Ministério da Educação informou anteontem que seis departamentos da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e um da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) já retornaram ao trabalho e que a greve também estaria terminando em setores da UnB (Universidade de Brasília), da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e da UniRio.
O fim da greve na UFSCar ocorreu após duas decisões judiciais de anteontem. A Justiça Federal de Brasília determinou, em uma liminar, a volta imediata ao trabalho. E o STJ (Superior Tribunal de Justiça) deu prazo de 24 horas para o Ministério da Educação pagar os salários de outubro.
Dos 79 docentes presentes na assembléia, 42 votaram pela volta às aulas e 31 foram contra. Outros seis professores não votaram.
A decisão mostra uma divisão no movimento grevista da universidade. Até a penúltima assembléia, realizada na semana passada, o movimento que apoiava a paralisação se mantinha como maioria dentro da UFSCar.
"O descontentamento com a continuação da greve acontece porque não há avanço no que o comando nacional de greve pede e no que o governo federal está oferecendo", disse Paulo Antônio Silvani Caetano, 34, que apresentou a proposta da volta às aulas na assembléia de anteontem.
O Cepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) da UFSCar deverá se reunir na próxima sexta-feira para elaborar um calendário de reposição das aulas.
A previsão é que o segundo semestre só deverá ser concluído em abril do ano que vem.
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Colaboraram a Agência Folha, a Sucursal de Brasília e a Folha Online
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