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21/11/2001
-
23h02
Free-lance para a Folha Ribeirão
Os docentes da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), em greve há 91 dias, defendem uma proposta de reajuste aos salários diferente da assumida pelo sindicato nacional da categoria.
Prova disso é uma assembléia ocorrida na semana passada, que indicou o fim da greve para a próxima segunda, dia 26.
Uma nova assembléia marcada para sexta poderá mudar ou manter a decisão dos professores.
A proposta do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) é a incorporação de 100% da GAE (Gratificação por Atividades Executivas) aos salários.
Para implantar a proposta, o governo federal terá um gasto de R$ 363 milhões. Já os docentes da UFSCar defendem uma proposta que perfaz o gasto de R$ 250 milhões e não inclui a GAE.
"O que o Andes está defendendo recebeu uma negativa do governo. A manutenção dela só irá acirrar o impasse", disse Emerson Pires Leal, integrante do comando de greve da UFSCar.
Mesmo assim, Leal, que também é presidente da Adufscar (Associação dos Docentes da UFSCar), diz que não houve um "racha" no movimento. "Dentro de um processo democrático o sindicato nacional apoiou a proposta que foi maioria dentro do movimento", disse.
Hoje, os alunos da UFSCar distribuíram panfletos com críticas ao pacote antigreve do governo e ao fim da greve na universidade. Eles também criticam o posicionamento político da Adufscar dizendo que a decisão pelo retorno às aulas foi feita por uma ala contrária ao Andes.
"Acreditamos que esse não é o momento de ceder à pressão do governo federal", disse Lucas Tavares Ferreira, 24, do DCE (Diretório Central dos Estudantes).
De acordo com outro aluno da universidade, José Erinaldo de Oliveira Júnior, a diretoria da Adufscar (Associação dos Docentes da UFSCar) defendeu uma chapa diferente nas eleições para a diretoria do sindicato nacional ocorrida em maio do ano passado. Isso estaria influenciando a postura dos docentes da UFSCar e criando um "racha".
Leal afirma que nas eleições do ano passado alguns integrantes da Adufscar assumiram um posicionamento político contrário à chapa que era de oposição a Roberto Leher, eleito presidente. No entanto nega que haja influência. "Os alunos estão equivocados porque as assembléias não são abertas a todos os docentes."
A Folha não conseguiu entrar em contato com a direção da Andes para comentar o assunto.
Leia mais notícias da greve no ensino
UFSCar dá alternativa à proposta do Andes
CLAYTON FREITASFree-lance para a Folha Ribeirão
Os docentes da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), em greve há 91 dias, defendem uma proposta de reajuste aos salários diferente da assumida pelo sindicato nacional da categoria.
Prova disso é uma assembléia ocorrida na semana passada, que indicou o fim da greve para a próxima segunda, dia 26.
Uma nova assembléia marcada para sexta poderá mudar ou manter a decisão dos professores.
A proposta do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) é a incorporação de 100% da GAE (Gratificação por Atividades Executivas) aos salários.
Para implantar a proposta, o governo federal terá um gasto de R$ 363 milhões. Já os docentes da UFSCar defendem uma proposta que perfaz o gasto de R$ 250 milhões e não inclui a GAE.
"O que o Andes está defendendo recebeu uma negativa do governo. A manutenção dela só irá acirrar o impasse", disse Emerson Pires Leal, integrante do comando de greve da UFSCar.
Mesmo assim, Leal, que também é presidente da Adufscar (Associação dos Docentes da UFSCar), diz que não houve um "racha" no movimento. "Dentro de um processo democrático o sindicato nacional apoiou a proposta que foi maioria dentro do movimento", disse.
Hoje, os alunos da UFSCar distribuíram panfletos com críticas ao pacote antigreve do governo e ao fim da greve na universidade. Eles também criticam o posicionamento político da Adufscar dizendo que a decisão pelo retorno às aulas foi feita por uma ala contrária ao Andes.
"Acreditamos que esse não é o momento de ceder à pressão do governo federal", disse Lucas Tavares Ferreira, 24, do DCE (Diretório Central dos Estudantes).
De acordo com outro aluno da universidade, José Erinaldo de Oliveira Júnior, a diretoria da Adufscar (Associação dos Docentes da UFSCar) defendeu uma chapa diferente nas eleições para a diretoria do sindicato nacional ocorrida em maio do ano passado. Isso estaria influenciando a postura dos docentes da UFSCar e criando um "racha".
Leal afirma que nas eleições do ano passado alguns integrantes da Adufscar assumiram um posicionamento político contrário à chapa que era de oposição a Roberto Leher, eleito presidente. No entanto nega que haja influência. "Os alunos estão equivocados porque as assembléias não são abertas a todos os docentes."
A Folha não conseguiu entrar em contato com a direção da Andes para comentar o assunto.
Leia mais notícias da greve no ensino
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