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26/11/2001
-
21h54
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Professores das universidades e das escolas técnicas federais em greve há 96 dias, reitores e deputados tentam amanhã, mais uma vez, a formulação de proposta para satisfazer as reivindicações dos grevistas e chegar a um acerto com o Ministério da Educação.
A proposta considerada mais viável até o fim da tarde de hoje era o acordo mediado pelos reitores das universidades federais. Eles propuseram utilizar os R$ 250 milhões disponíveis no Orçamento de 2002 para um reajuste do salário-base para quem tem mestrado ou doutorado.
Essa saída já foi avalizada oficialmente pelo Ministério da Educação e foi levada à rodada nacional de assembléias da categoria, que termina amanhã.
A segunda opção é a contraproposta do Andes, sindicato dos professores das universidades federais, ao Congresso. A entidade propõe reajuste de 14% a 15% na tabela de vencimentos e a equiparação das gratificações de desempenho dos professores das universidades e escolas técnicas.
Essas exigências custariam R$ 350 milhões ao governo, R$ 100 milhões a mais que o previsto. Segundo o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), líder da oposição na Câmara, remanejar R$ 100 milhões "é possível e viável". Para ele, o governo precisa ceder um pouco para que o acordo final pacifique os ânimos.
"O governo pode até derrotar os professores, cortando os salários e segurando as verbas, mas não vai sair ganhando se o fim da greve for traumático para as universidades federais", disse.
A terceira saída seria manter o projeto de lei do ministro Paulo Renato Souza (Educação) e que já foi rejeitado pelos grevistas. Trata-se do reajuste das gratificações por desempenho.
O relator desse projeto, deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS), deve apresentar um substitutivo com uma proposta mais consensual. Ele se reúne amanhã à tarde com os reitores e o Andes.
Apesar de não ter confirmação sobre a possibilidade de aumento da verba para o acordo, ele não descarta que o projeto do Andes tenha andamento. "Se arrumarem os R$ 100 milhões, eu distribuo com a maior tranquilidade. Mas a greve precisa terminar", disse Marchezan.
O ministro Paulo Renato disse hoje, por meio de sua assessoria, que um acordo alternativo, utilizando até R$ 250 milhões, sem a incorporação da gratificação e que resulte no fim da greve, poderá ser aceito.
Leia mais notícias da greve no ensino
Nova negociação tenta por fim à greve dos professores federais
LEILA SUWWANda Folha de S.Paulo, em Brasília
Professores das universidades e das escolas técnicas federais em greve há 96 dias, reitores e deputados tentam amanhã, mais uma vez, a formulação de proposta para satisfazer as reivindicações dos grevistas e chegar a um acerto com o Ministério da Educação.
A proposta considerada mais viável até o fim da tarde de hoje era o acordo mediado pelos reitores das universidades federais. Eles propuseram utilizar os R$ 250 milhões disponíveis no Orçamento de 2002 para um reajuste do salário-base para quem tem mestrado ou doutorado.
Essa saída já foi avalizada oficialmente pelo Ministério da Educação e foi levada à rodada nacional de assembléias da categoria, que termina amanhã.
A segunda opção é a contraproposta do Andes, sindicato dos professores das universidades federais, ao Congresso. A entidade propõe reajuste de 14% a 15% na tabela de vencimentos e a equiparação das gratificações de desempenho dos professores das universidades e escolas técnicas.
Essas exigências custariam R$ 350 milhões ao governo, R$ 100 milhões a mais que o previsto. Segundo o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), líder da oposição na Câmara, remanejar R$ 100 milhões "é possível e viável". Para ele, o governo precisa ceder um pouco para que o acordo final pacifique os ânimos.
"O governo pode até derrotar os professores, cortando os salários e segurando as verbas, mas não vai sair ganhando se o fim da greve for traumático para as universidades federais", disse.
A terceira saída seria manter o projeto de lei do ministro Paulo Renato Souza (Educação) e que já foi rejeitado pelos grevistas. Trata-se do reajuste das gratificações por desempenho.
O relator desse projeto, deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS), deve apresentar um substitutivo com uma proposta mais consensual. Ele se reúne amanhã à tarde com os reitores e o Andes.
Apesar de não ter confirmação sobre a possibilidade de aumento da verba para o acordo, ele não descarta que o projeto do Andes tenha andamento. "Se arrumarem os R$ 100 milhões, eu distribuo com a maior tranquilidade. Mas a greve precisa terminar", disse Marchezan.
O ministro Paulo Renato disse hoje, por meio de sua assessoria, que um acordo alternativo, utilizando até R$ 250 milhões, sem a incorporação da gratificação e que resulte no fim da greve, poderá ser aceito.
Leia mais notícias da greve no ensino
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