Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/04/2010 - 10h49

Professor da rede estadual de SP admite queda na adesão à greve

Publicidade

FÁBIO TAKAHASHI
da Reportagem Local

No dia em que o governo paulista confirmou que não há previsão de reajuste salarial aos professores, a Apeoesp (maior sindicato da categoria) reconheceu ontem que caiu a adesão à greve, iniciada há um mês.

Segundo o levantamento da entidade, a paralisação chegou a abranger 63% dos docentes em março. Para a Secretaria da Educação, nunca atingiu 1%.

"Tenho de admitir que a adesão diminuiu", afirmou ontem a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, após se reunir com o secretário Paulo Renato Souza (Educação).

O sindicato não divulgou novo balanço de paralisação. Afirmou apenas que há "significativos índices de adesão, afetando todas as regiões do Estado".

Desde o início da paralisação, o governo tucano diz que não negociará enquanto os grevistas não voltarem ao trabalho.

"O governo se mostra intolerante. Com esse panorama, as pessoas vão desanimando", afirmou a líder sindical.

Hoje, haverá assembleia dos professores na avenida Paulista, a partir das 14h, para reavaliar o movimento. Segundo a Folha apurou, ao menos parte da liderança dos grevistas vai defender o fim da paralisação.

Os docentes reivindicam reajuste de 34,3%. O salário inicial na rede é de R$ 1.834 (jornada de 40 horas semanais). Conforme a Folha informou na semana passada, a rede estadual tem o 14º melhor salário do país.

Após a reunião de ontem, a primeira desde a greve, a Secretaria da Educação diz que pretende negociar as reivindicações, desde que a greve termine.

Em nota, diz que "desde o ano passado as entidades representativas já foram recebidas quatro vezes pelo secretário Paulo Renato, que ratificou nesta nova oportunidade a disposição para entendimentos".

A Secretaria da Educação afirma que a greve é política --a presidente da Apeoesp é filiada ao PT e afirmou em assembleia que pretendia "quebrar a espinha" do governo José Serra (PSDB), que saiu para disputar a Presidência e deu lugar ao vice, Alberto Goldman (PSDB).

Sobre a questão salarial, a pasta sustenta que o aumento pedido pelos grevistas desorganizaria as finanças do Estado. No mês passado, a reportagem telefonou para 108 escolas e constatou que 42 foram afetadas pela greve.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página