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27/11/2001 - 20h28

Governo e professores grevistas devem assinar acordo na quarta

LEILA SUWWAN
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Governo e professores devem assinar amanhã os termos do acordo para pôr fim à greve das universidades e escolas técnicas federais, que estão paradas há 97 dias. Hoje, enquanto negociavam, os grevistas foram informados pelo governo de que o salário de outubro estava sendo liberado.

Em reunião que foi acompanhada à distância pelo ministro Paulo Renato Souza (Educação), reitores, professores e deputados federais concordaram em usar entre R$ 250 milhões _valor disponível no Orçamento de 2002_ e R$ 330 milhões _valor reivindicado_ para reajuste salarial.

A Folha apurou que o acordo deve ser fechado no valor total de R$ 300 milhões. Dos R$ 50 milhões que precisam ser remanejados até a tarde de amanhã, R$ 30 milhões já estariam praticamente garantidos, segundo o deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS).

Mesmo com uma possível sinalização de volta ao trabalho a partir da semana que vem _depois do acordo ser aprovado pelo Congresso_, o percentual de reajuste dos professores ainda é incerto.

Os professores afirmam que, com R$ 330 milhões, é possível um aumento de 14% em média. Técnicos do Ministério da Educação adiantam que isso custaria muito mais. Com R$ 300 milhões, o reajuste deve ser menor.

"O ministro me autorizou a negociar", afirmou Marchezan, que recebeu um telefonema de Paulo Renato após a reunião. O deputado pretende "bater o martelo" sobre o fim da greve amanhã à tarde e aprovar o substitutivo de projeto de lei nesta semana.

Para Roberto Leher, presidente do Andes (sindicato dos professores universitários), a proposta foi bem aceita na última rodada nacional de assembléias nos Estados. Ele propõe um reajuste maior para a base da categoria. "80% dos professores do ensino médio federal e 45% dos professores do ensino superior têm titulação máxima de especialização."

O governo defendia um acordo que beneficiasse aqueles com alto desempenho e os reitores haviam proposto usar a verba para aumentar os salários dos docentes com mestrado ou doutorado.

Amanhã os grevistas e o ministério precisarão ajustar detalhes do acordo. Segundo o documento levado pelos grevistas ao Congresso, os professores querem 2.000 contratações adicionais além das 2.000 vagas que o ministério já autorizou para 2002. Também querem discutir, em mesas-redondas, a incorporação de gratificações, tema considerado "proibido" por Paulo Renato.

O acordo final também deve incluir a equiparação das gratificações por desempenho dos docentes das universidades e escolas técnicas e a extensão de 60% dessa gratificação aos pensionistas das escolas técnicas. Esses pontos já foram aprovados pelo ministério.

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