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14/12/2001 - 08h26

Greve nas federais aumenta a concorrência para residentes

da Agência Folha, em Salvador

Além de atrasar em pelo menos seis meses a formatura, as três últimas greves de professores e servidores da UFBa (Universidade Federal da Bahia) fizeram o estudante de medicina João Paulo Martinez Mattos, 22, reviver um pesadelo que gostaria de ter esquecido desde o vestibular: a concorrência.

"Como as paralisações impedem a regularização do semestre letivo, serei obrigado a enfrentar mais candidatos na disputa por uma vaga de residente", disse Martinez, que iniciou há duas semanas o internato.

Ele deveria se formar em junho de 2003. "Agora, só me formarei em dezembro do mesmo ano. O problema é que outras turmas também vão se formar em dezembro de 2003, o que aumenta a concorrência por uma vaga nos hospitais que oferecem residência médica."

A concorrência para residente vai crescer pelo menos 100%, pois o internato (época que antecede a residência) dura dois anos. "Não há como encurtar o internato, como num semestre após a greve, que geralmente é feito em apenas três meses."

Ontem, a reitoria da UFBa divulgou o cronograma de aulas do segundo semestre deste ano: 7 de janeiro a 10 de maio. O primeiro semestre de 2002 deve começar só em junho.

As greves na UFBa trouxeram outros problemas para alunos de medicina. "Muitos hospitais e clínicas simplesmente reduziram as vagas para internato porque a demanda era muito menor que a oferta. Só que a redução da oferta sempre foi provocada pelas greves, que atrasavam os semestres letivos", disse Martinez. (LUIZ FRANCISCO)
 

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