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30/05/2002
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11h39
Oito foi a menor nota obtida pelo aluno Anderson (nome fictício), 7, matriculado na 1ª série de uma escola municipal de Santos nos cinco testes do provão (português, matemática, história, geografia e ciências). Apesar disso, o estudante não tem capacidade para compreender as questões das provas porque não sabe ler.
Ontem, a reportagem da Agência Folha pediu ao menino para soletrar e ler a palavra "redondinho", que constava da cartilha da 1ª série. Ele reconheceu todas as letras, uma a uma, mas não conseguiu dizer o que estava escrito. A tentativa de escrever as palavras cabelo, batata e macaco resultou em "cbo", "bta" e "mako".
Ele nem sequer conseguiu ler as orações das primeiras lições da cartilha, embora façam parte de um conteúdo já estudado. "Era uma vez três ursos. Eles viviam numa casa na floresta" foi transformada, após a tentativa de leitura, em "os três ursos saíram para dar um passeio".
A mãe, que preferiu não se identificar, disse acreditar que o menino tenha recebido auxílio dos professores, já que consegue fazer cópias. De acordo com ela, o caso do filho demonstra que não se justificam os dados fornecidos pela secretaria e apresentados a ela pela reportagem, segundo os quais não foram constatados analfabetos entre os alunos das 1ª e 2ª séries.
A secretária da Educação, Jossélia Fontoura, afirmou que não foram classificados como analfabetos estudantes das duas séries porque os da 1ª já começaram o ano letivo sob o novo sistema, de progressão avaliada. Os demais, embora tenham passado pela progressão continuada durante um ano, já teriam sido alfabetizados com base nos novos métodos pelos professores da 2ª série, segundo ela.
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Estudante da 1ª série tem nota 8, mas não sabe ler
da Agência Folha, em SantosOito foi a menor nota obtida pelo aluno Anderson (nome fictício), 7, matriculado na 1ª série de uma escola municipal de Santos nos cinco testes do provão (português, matemática, história, geografia e ciências). Apesar disso, o estudante não tem capacidade para compreender as questões das provas porque não sabe ler.
Ontem, a reportagem da Agência Folha pediu ao menino para soletrar e ler a palavra "redondinho", que constava da cartilha da 1ª série. Ele reconheceu todas as letras, uma a uma, mas não conseguiu dizer o que estava escrito. A tentativa de escrever as palavras cabelo, batata e macaco resultou em "cbo", "bta" e "mako".
Ele nem sequer conseguiu ler as orações das primeiras lições da cartilha, embora façam parte de um conteúdo já estudado. "Era uma vez três ursos. Eles viviam numa casa na floresta" foi transformada, após a tentativa de leitura, em "os três ursos saíram para dar um passeio".
A mãe, que preferiu não se identificar, disse acreditar que o menino tenha recebido auxílio dos professores, já que consegue fazer cópias. De acordo com ela, o caso do filho demonstra que não se justificam os dados fornecidos pela secretaria e apresentados a ela pela reportagem, segundo os quais não foram constatados analfabetos entre os alunos das 1ª e 2ª séries.
A secretária da Educação, Jossélia Fontoura, afirmou que não foram classificados como analfabetos estudantes das duas séries porque os da 1ª já começaram o ano letivo sob o novo sistema, de progressão avaliada. Os demais, embora tenham passado pela progressão continuada durante um ano, já teriam sido alfabetizados com base nos novos métodos pelos professores da 2ª série, segundo ela.
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